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Fiscalização

Abate clandestino

Serviço de Inspeção Municipal da Sempab recebe denúncias de abatedouros clandestinos de animais em Manaus (AM).

Desde o início do ano, o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) da Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab) recebeu 30 denúncias envolvendo abatedouros clandestinos na cidade de Manaus. A maior parte das denúncias é feita por telefone e o denunciante não precisa se identificar.

O aumento do número de denúncias mostra que a população está atenta aos riscos trazidos pelos abatedouros clandestinos, afirmou o secretário da Sempab, Rogério Vasconcelos. “Além de comercializar carne com risco de contaminação, os abatedouros clandestinos levam riscos de saúde às pessoas que moram próximas aos locais de abate”, acrescentou o secretário.

Como exemplo, o secretário citou um abatedouro clandestino localizado no bairro Novo Israel II. O local foi denunciado por vizinhos e a Sempab interditou o estabelecimento em janeiro deste ano. No abatedouro eram criados patos, galinhas e um porco, que ficavam lado a lado com cachorros e crianças.

“Os filhos do dono do abatedouro brincavam com o cachorro, porco e galinhas. O abate dos animais era feito no quintal da casa, sem qualquer cuidado com a higiene ou a conservação da carne”, lembrou o secretário. “O sangue dos animais corria pela sarjeta e as vísceras ficavam na varanda da casa, causando riscos de contaminação ao ambiente”, afirmou.

Ao ser interditado, o abatedouro teve as atividades paralisadas e o dono obrigado a procurar a Sempab para regularizar a situação junto à Prefeitura. “Estamos orientando o dono do abatedouro a cumprir as normas da vigilância sanitária e melhorar as condições de abate e comercialização de alimentos”, ressaltou Rogério.

Situação parecida foi encontrada no bairro Alvorada II, onde funcionava um abatedouro clandestino de frangos. No local foram encontradas gaiolas com frangos vivos, máquinas para sangria e mesas de abate. O gerente do Serviço de Inspeção Municipal, Antônio Carlos, disse que máquinas e gaiolas ficavam lado a lado, sem qualquer cuidado com a higiene. “Haviam penas, sangue e fezes de galinha junto à mesa de abate. As condições de higiene eram precárias”, afirmou Antônio Carlos.

Após a fiscalização do local, a Sempad lacrou o abatedouro e impediu que os proprietários matassem outros animais ou comercializassem carnes. “Enquanto as normas sanitárias, bem como as condições e armazenamento não forem cumpridas, o estabelecimento ficará fechado”, afirmou.

Para denunciar abatedouros clandestinos, a população pode ligar para o disque denúncia da Sempab (3663-8488) ou ir à sede da secretária na rua Carvalho Paes de Andrade, 140, bairro do São Francisco.