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Ferrovia do Milho em SC

Coopercentral Aurora pede urgência na construção da Ferrovia do Milho, ligando o Sul do Brasil à região Centro-Oeste.

Ferrovia do Milho em SC

O presidente da Cooperativa Central Oeste Catarinense-Coopercentral Aurora, de Chapecó (SC), vê na construção da Ferrovia do Milho, ligando o Sul do Brasil à região Centro-Oeste, a saída para um dos problemas que mais preocupam o agronegócio local: a dependência por milho.
  
Para Mário Lanznaster, se a Ferrovia for funcional, reduzirá pela metade o preço do milho que hoje sai de Mato Grosso com destino a Santa Catarina. 
  
“É urgente a construção da Ferrovia. Sem isso, as agroindústrias irão embora do estado. Exemplo é a Perdigão, que foi para Rio Verde (GO) e a Sadia, que optou por Lucas do Rio Verde (MT)”, sustenta o presidente da Coopercentral Aurora, enquanto reconhece: “é o custo Brasil”.

  
Com atuação em quatro estados – Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul -, a Coopercentral Aurora reune 13 cooperativas filiadas que aglutinam 700 famílias, 12 mil integrados (entre suínos, aves e leite) e tem consumo de milho estimado em 1,2 milhão de sacas/mês, o equivalente a 2.400 carretas. Parte desse milho é buscado no Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e até mesmo no Paraguai, sendo que somente Mato Grosso responde por cerca de 50% do fornecimento.
  
Lanznaster lembra que no ano passado, quando o milho foi negociado a R$ 8,00/9,00 saca, em Mato Grosso, chegou à Santa Catarina por R$ 20,00 a saca. Hoje, com preços em alta, esse milho pode ir a R$ 28/30,00, visualiza.
  
Nessa entrevista, concedida à Agência SAFRAS na sexta-feira (18), por telefone, Mário Lanznaster fala de sua preocupação com a exportação brasileira de milho, dos planos da Coopercentral Aurora para 2011, incluindo mercados interno e externo, e projeta um futuro ainda mais robusto para o milho e as carnes brasileiras, especialmente suínos e aves.
 
“A sanidade brasileira está bem controlada e o Brasil tem tudo para se consolidar grande fornecedor mundial de proteína animal. A China é a indústria do mundo, os Estados Unidos são o shopping do mundo, a Rússia detém o maior resíduo de minerais do mundo, a India é o escritório do mundo em informática e o Brasil é a fazenda do mundo. Vamos continuar como maior exportador de carne bovina e torcemos pela rápida abertura de novos mercados”, arremata o presidente.