Com excedente de produção registrado na última safra, o arroz poderá fazer parte da alimentação animal, especialmente de aves e suínos no Rio Grande do Sul. O cereal substituiria o milho, hoje importado pelo estado.
A ideia surge como alternativa para ampliar o aproveitamento do arroz e influenciar no aumento dos preços. O baixo preço do grão provoca uma das piores crises que a lavoura orizícola já enfrentou. A análise da proposta ainda será aprofundada, antes de ser levada ao governador gaúcho, Tarso Genro.
O Rio Grande do Sul importa de outros estados cerca de um 1,5 milhão de toneladas de milho para a produção de rações, que poderiam ser substituídas por 1,8 milhão de toneladas de arroz para se obter a mesma produção. Em função dos estoques nacionais de milho estarem baixos e haver superprodução de arroz, o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, acredita que a medida resolveria dois problemas de uma vez: “Sob o ponto de vista técnico nutricional, a substituição de um pelo outro aponta uma equivalência. Vamos buscar encontrar uma equação econômico-financeira que permita viabilizar a substituição”, diz.