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Queda dos grãos

Levantamentos divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) provocaram fortes quedas das cotações dos grãos.

Queda dos grãos

Levantamentos divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) provocaram fortes quedas das cotações dos grãos na quinta-feira na bolsa de Chicago. No caso dos contratos futuros de segunda posição de entrega, o trigo liderou as perdas, mas milho e soja também recuaram significativamente.

As “bombas” do USDA foram lançadas logo cedo. Num primeiro informe, o órgão calculou a área plantada de milho nos EUA nesta safra 2011/12 em 37,4 milhões de hectares, 1,7% acima de outra estimativa divulgada há apenas três semanas. O segundo veio em seguida e foi o tiro de misericórdia: ainda que continuem 15% menores que no ano passado, os estoques americanos do cereal em 1º de junho vieram acima do esperado pelos analistas.

Há alguns anos, quando o peso de investidores financeiros em commodities agrícolas era menor, talvez a reação do mercado fosse mais ponderada. Mas em tempos de forte volatilidade, foi a senha que abriu o alçapão. Papéis do milho para entrega em julho, por exemplo, chegaram a recuar mais de 12%. Ao término da sessão, os contratos com vencimento em setembro caíram 30 centavos de dólar (4,42%), máxima perda diária permitida para a segunda posição, e fecharam a US$ 6,48 por bushel.

O tombo do milho tragou a soja, e a segunda posição do trigo, cujo limite de queda é maior (60 centavos) e foi alcançado – o que representou perda de 8,9% -, fechou a US$ 6,1425 por bushel. Ainda que tenham surpreendido menos os analistas, o USDA também trouxe números maiores que os aguardados para plantio e estoques do produto.