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Carne Suína

Para vender mais carne suína

Suinocultores estão conscientes que o aumento do consumo da carne suína depende da variedade e qualidade dos cortes. Veja matéria especial.

Para vender mais carne suína

Confira a matéria do programa “Negócios da Terra” sobre o “Curso de cortes de carne suína” promovido pela APS. Se preferir, assista o vídeo clicando aqui.

“O programa “Negócios da Terra” tem mostrado as dificuldades dos suinocultores com os baixos preços e com as exportações e eles estão conscientes de que o aumento do consumo da carne suína depende da oferta de produtos de qualidade e diferenciados. A variedade de cortes de carne pode ser uma ótima saída!

Três tipos de corte são os mais vendidos: pernil, bisteca e costela. Mas, assim como acontece com outros produtos, a carne suína poderia ser desmembrada em vários outros cortes. A queda no preço do quilo da carne suína é um estimulo, mas de acordo com a Associação Paranaense de Suinocultores (APS) a ausência de uma variedade de cortes no balcão do açougue ou no supermercado prejudica o consumidor.

Falta conhecimento e habilidade para que as opções sejam mais diversificadas. Por conta disso, a Associação Paranaense de Suinocultores promove no mês de agosto o “Curso Prático de Cortes de Carne Suína”. A intenção é treinar o pessoal da agroindústria.

“A gente sai daquele tradicional pernil de 7 ou 8 kg, uma costela de 5 ou 6 kg ou paleta de 2 kg para cortes de 100 g, 150 g, três bifinhos em uma bandeja”

Seu Almir, proprietário de açougue no Mercado Municipal de Curitiba, é um comerciante experiente e que tem trabalhado a variedade para conquistar os clientes. “Um gosta de lombo, outro quer pernil, outro quer a alcatra desossada, outro quer o carré francês. Então, a gente faz os cortes aqui conforme o cliente”.

Dielson afirma que nos últimos tempos o preço, em média, 15% mais barato auxilia na comercialização. Mas só isso não resolve. Hoje, a carne suína representa apenas 20% das vendas do estabelecimento. “A procura do cliente incide principalmente na carne bovina, como sempre, e depois vem a carne de cordeiro, a carne de frango e uma quarta opção a carne suína”.

Valeska é proprietária de restaurante, não vende nenhum corte no estabelecimento, mas em casa diz que é uma consumidora assídua. “Em casa é uma opção freqüente, porque além de ter um bom preço, é uma carne muito saborosa”.

No Brasil, o consumo anual por pessoa não ultrapassa os 14 kg, no Paraguai, por exemplo, este número é, pelo menos, o dobro no mesmo período. A expectativa é que até 2013, o consumo no Brasil seja de 16 kg por habitante a cada ano.

“A gente acredita que apresentando a carne com os cortes menores, nas porções adequadas para uma ou duas refeições, as pessoas levarão para casa e em cinco minutos estará pronta a carne, consome, acabou e não tem resto, não tem o que congelar, guardar na geladeira, guardar no freezer”.

O consumo da carne suína vem crescendo muito lentamente e não chega a 15 kg por habitante/ano, enquanto o consumo de carne bovina está em 37 kg e o de frango em 46 kg por pessoa/ano. O aumento do consumo de carne suína depende, fundamentalmente, de a indústria colocar uma grande variedade de cortes ao consumidor e de acordo, exatamente, com o que o consumidor deseja. A produção de suínos está diminuindo um pouco e os preços já se equipararam aos custos de produção”.