O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) em parceria com a Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro (AUD) realiza nesta sexta-feira (12/03), a partir das 11 horas, evento que aborda a criação de Marrecos de Pequim na lavoura de arroz. O encontro acontece na propriedade de João Afonso Trapp, no Banhado do Colégio N/3, em Camaquã.
A palestra que aborda o manejo das aves será ministrada pelo secretário de Agricultura e 2º suplente do Conselho Deliberativo do Irga, Eli Sebastião Foletto, de Restinga Seca. Segundo Foletto, a criação de marrecos de Pequim é uma alternativa de renda para os arrozeiros em algumas regiões do Rio Grande do Sul.
A técnica ajuda a combater a infestação do arroz vermelho. O processo é utilizado há mais de quatro mil anos em plantações de arroz da China, para o controle de invasoras e redução de tempo no preparo do solo.
As aves fazem parte de um projeto, implantado em 2003, para auxiliar no combate aos inços e pragas, como o arroz vermelho, que atacam as lavouras orizícolas. Na entressafra do cereal, os marrecos são fontes de produção no contexto da agricultura familiar, garantindo também, a sustentabilidade da lavoura.
O uso dos marrecos concorre para o equilíbrio ecológico, pois os marrecos de Pequim consomem todas as pragas que restarem na lavoura, facilitando o plantio, reduzindo o uso de produtos químicos e tornando a área mais rentável.
A criação de marrecos de Pequim em lavouras de arroz tem se tornado uma alternativa rentável para alguns produtores. “É uma prática simples, acessível e ideal para pequenos agricultores porque requer baixo investimento, limitando-se à compra de marrecos e ao uso mínimo de mão-de-obra na condução e manejo dos animais na área de lavoura”, afirmou.
Conforme o secretário, há seis anos utiliza as aves em sua propriedade. “Os 80 hectares cultivados com arroz servem de moradia para os 2.500 marrecos”, destacou. Na safra 2009/10 cerca de 60 mil marrecos foram utilizados em lavouras do Estado.
Origem
Os marrecos de Pequim têm como origem o nordeste asiático. Esta espécie apresenta uma grande capacidade de adaptação em todo o mundo. Sem precisar de muitos cuidados, é uma ave decorativa e também usada na alimentação, principalmente na Europa.
Participam do encontro o chefe do Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural do Irga de Camaquã, Roberto Longaray Jagger, técnicos, representantes de empresas ligadas ao setor e produtores da região.