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Exportação

Exportações do agronegócio brasileiro

Milho e frango são destaques na exportação do agronegócio nacional nos últimos 11 meses. Vendas externas renderam US$ 70,3 bilhões. Secretário acredita que exportações podem alcançar US$ 76 bilhões em 2010.

Nos primeiros onze meses deste ano, as vendas externas do agronegócio brasileiro renderam US$ 70,3 bilhões. O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Célio Porto acredita que as exportações possam alcançar US$ 76 bilhões, e, em 2011, US$ 80 bilhões. “O resultado de 2010 recupera a trajetória de crescimento das exportações e o de 2011 vai depender da continuidade de demanda crescente por alimentos, preços altos e boa colheita”, esclarece Porto.

Em termos de valores, o destaque das exportações de janeiro a novembro de 2010 foi o milho, que passou de US$ 1 milhão para US$ 1,7 milhão, em relação ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar no crescimento percentual, mas em primeiro no aumento do valor exportado, ficaram as vendas de açúcar, com aumento de 57,6% em 2010.

Um produto que voltou a ter exportações significativas em 2010 foi o milho. O secretário esclarece que, nos últimos anos, a China era exportadora de milho, mas, em 2010, se tornou importadora. A tendência é de que essa situação se acentue, já que, para produzir mais carne, os chineses terão de comprar mais milho para alimentação animal. Também há expectativa de recuperação da produção de carne bovina, o que favorecerá tanto o atendimento do mercado interno quanto o do externo.

Também houve crescimento expressivo das exportações de carnes. “Somos o maior exportador mundial de carne de frango e a expectativa é que, em 2011, nos tornemos o segundo maior produtor”, informa Porto. Hoje, o primeiro lugar está com os EUA, seguidos da China.

Entre os fatos de destaque para o agronegócio exportador em 2010, o secretário cita a posse dois oito adidos agrícolas em postos estratégicos no exterior: Bruxelas (Bélgica), Buenos Aires (Argentina), Genebra (Suíça), Moscou (Rússia), Pequim (China), Pretória (África do Sul), Tóquio (Japão) e Washington (EUA). A presença desses profissionais ajuda a diplomacia brasileira a melhorar o diálogo com as áreas técnicas locais, principalmente no que se relaciona ao acesso a mercados.

O secretário citou também a conclusão do painel do algodão contra os Estados Unidos, em que os americanos aceitaram pagar ao Brasil uma indenização recorde no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), de US$ 147 milhões por ano, por ainda não terem mudado as políticas condenadas pela OMC. “Isso derivou na criação do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), que vai gerir os recursos da indenização americana”, completa Porto.