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Uso de ractopamina em suínos atrai especialistas para o IV Clana

As aplicações do aditivo nutricional em diferentes condições foi o tema da palestra promovida pela Ourofino Agronegócio.

Mais de cem especialistas em nutrição animal se reuniram ontem, 26, no IV Congresso Latino Americano de Nutrição Animal (Clana) para uma discussão sobre o uso de ractopamina em suínos. A viabilidade e a eficiência do aditivo nutricional já foram comprovadas pela comunidade cientifica, mas para obter resultados precisos nas granjas é preciso considerar as interações entre níveis energéticos, linhagens genéticas e sexo dos animais. Esses foram os assuntos abordados na palestra promovida pela Ourofino Agronegócio.

“Os benefícios técnicos e econômicos da ractopamina são certos. A dúvida é: será que vou obter o mesmo resultado que a granja vizinha? Assim, estamos tirando os resultados dos trabalhos científicos e aplicando na prática”, explicou o palestrante, o professor de produção e nutrição de monogástricos do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Vinícius Cantarelli.

Segundo Cantarelli, é importante que os especialistas em nutrição animal saibam quais são e onde estão as tecnologias que podem aumentar a produtividade na suinocultura e quais delas podem impactar todos os elos da cadeia. ”É preciso desenvolver um programa nutricional considerando a genética do suíno, a categoria sexual, se o animal é castrado ou imunocastrado, a dose de ractopamina, nível de lisina, nível de energia, proteína ideal, além da análise de como é realizado o manejo alimentar”, disse.

A palestra agradou os participantes. “A ractopamina é fundamental, é uma tecnologia nova na qual se ganha na economia e na produção de alimentos saudáveis. A palestra atingiu as expectativas, foi bastante técnica em termos de nutrição animal, o que para nós é bastante relevante”, disse um nutricionista de uma agroindústria.

Para o presidente do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), Godofredo Miltemburg, a palestra promoveu a difusão do conhecimento e a troca de informações sobre saúde animal. “Com a ractopamina obtemos bem-estar animal, sustentabilidade e alimento de qualidade para o consumidor. Precisamos levar essas informações às granjas do país e essa apresentação técnico-científica realizada pela Ourofino facilita a realização desse objetivo”, concluiu.