“A interface entre vários órgãos de governo e o setor privado foram definitivas para que o Brasil atingisse a liderança mundial no setor sucroalcooleiro”, afirmou, há pouco, o diretor de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Cid Caldas. O diretor participou, nesta segunda-feira, 22 de novembro, de entrevista coletiva, em Ribeirão Preto (SP), sobre a agenda do presidente Lula na cidade paulista. O presidente apresentará amanhã, 23 de novembro, as ações de incentivo adotadas pelo governo entre 2003 e 2010 para o setor sucroenergético.
Cid Caldas citou os investimentos em pesquisa, a redução do IPI para os carros flex e os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como medidas que permitiram o crescimento significativo do setor nesses últimos oito anos. Ele destacou também a importância do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar (ZAE Cana), política pública que vai orientar a expansão sustentável da cultura.
O diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, reforçou que os incentivos do governo e a atuação conjunta com os empresários favoreceram o crescimento do setor, que dobrou o tamanho da indústria de etanol e açúcar em oito anos. Ele também mencionou a participação do Brasil em fóruns internacionais, que permitiu mostrar o etanol ao mundo como uma alternativa para o desenvolvimento econômico e social com benefícios ao meio ambiente. Exemplo disso foi a Conferência Internacional dos Biocombustíveis, realizada em 2008, em São Paulo, que reuniu mais de 90 países. Uma das conclusões do encontro foi a necessidade de as nações apoiarem a produção de biocombustíveis.
Além de apresentar os resultados das ações governamentais para o setor, o presidente Lula inaugura as obras do etanolduto São Sebastião. O primeiro trecho com 212 quilômetros ligará Ribeirão Preto a Paulínea (SP) e custará R$ 800 milhões. Serão 1.800 Km, passando por 45 municípios até São Sebastião (RJ).
O presidente também assinará decreto que cria uma comissão nacional para acompanhar e monitorar o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar. O compromisso foi firmado em 2009 entre trabalhadores, governo e indústria e já tem a adesão de 300 usinas.