A venda de carne de frango para a Europa caiu 15% no primeiro quadrimestre deste ano em consequência de uma série de fatores. Um deles é a instabilidade gerada pela crise na Grécia e em outros Países com seu balanço afetado: Espanha, Portugal e Itália. O outro é de ordem fiscal: a Europa mudou a conceituação de carnes frescas “fresh meat” e modificou a taxação do peito de frango brasileiro.
O dirigente entende que mudar a conceituação do produto e aumentar a tributação é claramente uma medida de injustificada retaliação comercial contra a qual o Brasil deve se insurgir. “Os Europeus continuam a aplicar medidas protecionistas para beneficiar o produtor local, camufladas como ajustes técnicos”, observou Ávila.
Para o presidente da Acav, a solução é encontrar outros mercados ou ampliar a venda de carne de frango para alguns dos 127 países para os quais o Brasil exporta. O país já está fazendo isso com o Canadá, a Ásia e a África. Mas, esse desafio é grande porque, além de barreiras protecionistas, a situação cambial – com o real sobrevalorizado em relação ao dólar – faz o produto brasileiro perder competitividade.
De janeiro a abril deste ano, o Brasil exportou 1,16 milhão de toneladas que renderam 1,99 bilhão de dólares. O volume baixou 1,43% e a receita aumentou 18%. Santa Catarina, maior Estado exportador, vendeu 307 mil toneladas e faturou 594,5 milhões de dólares. Com informações da assessoria de imprensa da Acav.