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Stephanes comenta possível fusão entre Perdigão e Sadia

O Ministro ressaltou não ter informações de como a Sadia tentará sua recuperação no mercado.

Redação (24/03/2009) – Ao comentar ontem (23) a possível fusão das empresas Sadia e Perdigão, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que o importante, para o governo, é que elas continuem trabalhando. A Sadia enfrenta problemas em função de operações feitas com derivativos cambiais.

“[A Sadia] é uma empresa tradicional, com um mercado muito grande aberto lá fora. Internamente, centenas de milhares de [produtores] integrados dependem dessa empresa. Então, é claro que essas empresas têm que continuar atuando bem”, afirmou o ministro.

Stephanes ressaltou, no entanto, não ter informações de como a Sadia tentará sua recuperação, se por meio da fusão com a Perdigão ou de outra medida. Sobre o uso de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na operação, ele disse que não poderia falar sobre algo que ainda não estava decidido.

Sobre o apoio aos frigoríficos bovinos, o ministro confirmou que o caso está sendo estudado. Ele disse, entretanto, que ainda não foi tomada nenhuma decisão de como o governo atuará. “Ainda desconhecemos a profundidade dessas questões e, em alguns casos, suas razões. Nós acompanhamos isso, e eu diria que, até o momento, temos questões pontuais. Não temos nada sistêmico”, avaliou.

Stephanes foi convidado, junto com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a participar da audiência pública que será realizada hoje na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, às 14h30, para discutir a cadeia produtiva de carnes do Brasil.