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Prévia da inflação oficial desacelera em março e fica em 0,11%

As carnes tiveram queda de -3,01% no preço, enquanto o ovo subiu de -1,95% para 3,66%.

Redação (25/03/2009) – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de março teve alta de 0,11%. O resultado, que é uma prévia da inflação oficial, no entanto, é inferior ao verificado em fevereiro, que foi de 0,63%. Os dados foram divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As desacelerações observadas nos preços de educação e de alimentos e bebidas foram os fatores principais para a redução do índice no período. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 5,65%, inferior à taxa de 5,77% relativa aos 12 meses imediatamente anteriores.

Com o resultado de março, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que mede o acumulado do IPCA-15 em determinados períodos, apresentou variação de 1,14% no primeiro trimestre de 2009, abaixo do resultado do mesmo trimestre do ano anterior (1,58%).

Segundo o levantamento, depois de registrar elevação de 4,95% em fevereiro, sendo responsável por 54% do índice no mês, o grupo educação apresentou em março queda de 0,43%. De acordo com o IBGE, o movimento do mês anterior “refletiu a típica aplicação dos reajustes de início do ano letivo”.

Já o índice referente ao grupo alimentação, que, segundo o instituto, também contribuiu para o “forte recuo do IPC-A 15”, passou de 0,44% em fevereiro para 0,21% em março. Entre os produtos mais importantes no consumo das famílias que ficaram mais baratos na passagem de um mês para o outro estão: feijão preto (de 5,52% para -7,78%), feijão carioca (de 2,14% para -10,17%), carnes (de -0,80 % para -3,01%) e tomate (de -6,74% para -8,67%).

Por outro lado, continuaram em aceleração os preços de açúcar cristal (de 8,20% para 17,00%), açúcar refinado (de 1,96% para 10,72%), frutas (de 0,64% para 3,03%), hortaliças (de 5,22% para 9,69%), refeição fora de casa (de 0,99% para 0,66%) e ovo (de -1,95% para 3,66%).

Entre as 11 regiões analisadas, Recife registrou o maior índice (0,56%), puxado  principalmente pelo grupo alimentação e bebidas, cuja variação ficou em 0,94%. Já o menor resultado foi observado no Rio de Janeiro, que teve deflação de 0,23%, com a influência da queda de 0,97% nos preços dos produtos alimentícios.

Para calcular o IPCA-15, foram coletados preços entre 12 de fevereiro e 13 de março e comparados aos vigentes no período de 15 de janeiro a 11 de fevereiro. O indicador se refere a famílias com renda de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Curitiba, Salvador, São Paulo, do Rio de Janeiro, de Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre, além de Brasília e do município de Goiânia.