Redação (13/01/2009)- Pelo segundo ano consecutivo, os sojicultores poderão monitorar a presença da ferrugem nas lavouras mato-grossenses pelo site www.aprosoja.com.br.
Até o fechamento desta edição, na última quinta-feira (8), haviam sido analisadas cerca de 1.100 amostras nos laboratórios da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja).
O resultado foi a confirmação da doença em Primavera do Leste, Novo São Joaquim, Santo Antônio do Leste, Sapezal e uma suspeita em Campos de Júlio.
Este projeto é alimentado com dados estatísticos do Instituto Mato-grossensse de Economia Agrícola (Imea) e amostras coletados pelos supervisores de campo da Aprosoja e, que este ano conta com a parceria do Conselho das Associações das Revendas de Produtos Agropecuários (Cearpa/MT).
O coordenador do projeto, Davi Martinotto explica que no site há todas as informações e orientações que o produtor necessita saber sobre a incidência da ferrugem em Mato Grosso e também os prejuízos que causa na produção mato-grossense. As coletas devem ser feitas pelos próprios produtores e encaminhadas para um dos 17 laboratórios existentes no Estado.
"Colher a amostra é simples, basta pegar cerca de 10 ou 15 folhas do terço inferior da planta e mandar para o laboratório", explica Davi. Estão envolvidos neste projeto cerca de 30 profissionais.
O investimento da Aprosoja, no ano passado, foi de aproximadamente R$ 500 mil. Este ano, as primeiras amostras foram coletadas e analisadas ainda em novembro. Em dezembro, cerca de 700 amostras chegaram aos laboratórios e para janeiro a expectativa é de que esse número dobre. O monitoramento será mantido até o final da colheita, o que deve acontecer em março.
De acordo com o coordenador, a ferrugem surgiu em Mato Grosso há praticamente quatro anos e causou muitos prejuízos. Apesar de ainda não haver uma variedade resistente à doença, os sojicultores mato-grossenses já puderam contar nesta safra com a variedade tolerante chamada inox, que aceita a presença da ferrugem em baixa quantidade, segundo Davi.
Quando a ferrugem chega a ser identificada a olho nu é porque já causou muitos danos e o prejuízo será grande. Em função disso, o coordenador do projeto Anti-Ferrugem da Aprosoja sugere que os produtores fiquem atentos, coletem e mandem as amostras para os laboratórios.
"Controlar a ferrugem exige não só a aplicação de fungicidas, mas também um bom manejo da cultura. É preciso limpar o campo entre uma safra e outra".