Redação (09/03/2009)- Mais um empreendimento de grande porte sai do papel e começa a mudar o perfil econômico de Pernambuco. Após 15 meses de obras, a fábrica da Sadia sediada no município de Vitória de Santo Antão, a 47km do Recife, entrará em operação ainda deste mês. A data ainda está indefinida pois depende da agenda do Presidente Lula que expressou a sua vontade de participar da inauguração. No entanto, a partir do próximo dia 16, a unidade já começa a operar em regime de testes.
Na última sexta-feira (06), o governador Eduardo Campos visitou o complexo industrial ao lado do diretor-presidente da Sadia, Gilberto Tomazoni, do presidente do conselho da empresa, Luiz Fernando Furlan e do presidente do Banco do Nordeste do Brasil, Robert Smith. Eduardo afirmou que a chegada da Sadia à Vitória de Santo Antão representa a volta do desenvolvimento econômico ao interior do estado graças a uma ação conjunta dos governos estadual, federal e também da iniciativa privada.
“Essa unidade da Sadia é mais do que uma fábrica, é um empreendimento que se multiplica, leva geração de desenvolvimento para o campo também, para a agricultura familiar e para o polo de hortifruticultura que nós temos aqui em Vitória, Chã de Alegria, Feira Nova, Glória de Goitá, Limoeiro e Pombos que vão ter na Sadia uma referência para fornecimento da matéria-prima”, afirmou.
A planta ocupa uma área de 150 mil metros quadrados, dos quais 57 mil são de área construída. Tem capacidade de produzir e embalar 150 mil toneladas por ano. Neste primeiro momento, apenas a linha de produção de mortadelas entrará em operação. Depois, será a vez das salsichas, linguiças, apresuntados e lanches (hambúrgueres, sanduíches congelados, entre outros) saírem da fábrica para as mesas das famílias brasileiras. A embalagem de todos os produtos trará estampado um grande selo com os dizeres “produzido em Pernambuco” ao lado de um chapéu de couro.
Somente na produção de mortadelas, o número de trabalhadores é de 200 funcionários chegando a 400 trabalhadores no ápice da produção. Gente como Letícia Carvalho, de 29 anos. A moradora do bairro de Lília Queiroz foi uma das mais de mil pessoas que já foram treinadas pela Sadia para trabalhar na unidade. A ex-desempregada não vê a hora de voltar a trabalhar:
“Tivemos três meses de aula e agora está chegando a hora de irmos para o pátio da fábrica. Estou ansiosa para começar a trabalhar e voltar a ganhar dinheiro para ajudar a minha família”, revelou, com um sorriso no rosto.
A unidade também tem seu lado “verde”. Tanques com capacidade para armazenar 300 mil metros cúbicos de água irão armazenar águas da chuva que serão reaproveitadas na lavagem dos caminhões, na irrigação dos jardins e em outros serviços. Oitenta mil mudas de diversas espécies também estão sendo plantadas.
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