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Stephanes e diretor da FAO discutem escassez de fertilizantes

Há perspectiva de aumento na oferta de fertilizantes por parte da Arábia Saudita, mas que nos demais países não há previsões de curto prazo.

Redação (10/03/2009)- O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu nessa segunda-feira (09) uma atuação internacional da Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO), das Nações Unidas (ONU), para resolver o problema da escassez de fertilizantes. Numa reunião na sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Brasília, com a participação do diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, o ministro disse que o Brasil pode resolver o seu problema de abastecimento interno de adubo em um prazo de até 10 anos. Ele considerou, no entanto, que é preciso que outros países também resolvam questões pontuais para elevar a oferta de fertilizantes.
 

O relato é do presidente da Conab, Wagner Rossi, que participou junto com o ministro de reunião com diretores da FAO. No encontro, os diretores disseram que há perspectiva de aumento na oferta de fertilizantes por parte da Arábia Saudita, mas que nos demais países não há previsões de curto prazo.

Diouf concordou com a posição do ministro brasileiro. Segundo Rossi, os técnicos da FAO estão no Brasil para conhecer os programas do governo brasileiro para segurança alimentar. De acordo com o presidente da Conab, os preços da commodities agrícolas não são mais remuneradores para os produtores rurais porque os custos de produção subiram de forma expressiva desde o ano passado. "Os preços das commodities estão baixos em relação a agosto e setembro do ano passado, mas continuam acima dos registrados em anos anteriores", comentou Rossi.

Ele afirmou que a FAO pediu que o Brasil apresente em Roma, na Itália, informações sobre o Programa de Aquisição da Agricultura Familiar (PAA) e também sobre a iniciativa do governo brasileiro de ter uma política de formação de estoques. A estratégia do Brasil, informou ele, é comprar produtos dos agricultores e vendê-los quando os preços estão altos. Rossi salientou que no ano passado o governo vendeu os estoques públicos de arroz, o que evitou uma escalada dos preços. O cereal chegou a ser vendido a R$ 36 a saca 50 kg e os preços recuaram para R$ 32 a saca, com as intervenções do governo. No começo do ano passado, a saca era vendida a R$ 22.