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Questão de segurança nacional

<p>Dependência brasileira do fornecimento externo de aditivos alimentares é considerada pelo Sindirações como uma perigosa fragilidade da indústria brasileira de nutrição animal.</p>

Redação (15/12/2008)- A explosão dos preços dos aditivos alimentares em 2008 motivou o Sindirações a recorrer ao governo federal. A reivindicação do setor é que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) promova um estudo para checar a viabilidade econômica na produção de determinados ingredientes no País. “O Brasil conta com uma indústria química bem instalada. Temos domínio na tecnologia de fermentação. É preciso avaliar se há precursores disponíveis e os custos de produção desses aditivos para que o governo possa incentivar sua produção no País”, afirma Ariovaldo Zanni, diretor-executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).

Em 2008, o setor brasileiro de alimentação animal importou US$ 1 bilhão em vitaminas, aminoácidos e outros aditivos. Atualmente, a lisina é o único aminoácido em que o Brasil é auto-suficiente. O País conta com parque industrial altamente desenvolvido e já se transformou em plataforma de expedição do ingrediente para o resto da América do Sul, EUA e Europa. “A lisina é a exceção, já que somos importadores líquidos de outros aminoácidos e aditivos”, adverte o diretor do Sindirações.  

Segundo Zanni é importante que o governo financie e proponha atrativos fiscais e tributários para estimular investimentos na construção de plantas fabris no Brasil. “O momento de turbulência por qual passa a economia pode até desviar a atenção da iniciativa privada e do governo em relação a esse projeto. No entanto, a dependência que temos do fornecimento de aditivos alimentares já pode ser considerada uma questão de segurança nacional, uma vez que sem abastecimento regular e suficiente desses insumos fica muito difícil garantir os índices de produtividade da nutrição animal brasileira”, adverte Zanni. “Cremos que os principais interlocutores compreendam a complexidade dessa situação e mantenham-se atentos ao tema”.