Redação (13/06/07) – Esse é o segundo ano de restrição para Mato Grosso e o primeiro para os produtores goianos e sul mato-grossenses.
Fabiano Victor Siqueri, pesquisador da Fundação MT, explica que, durante esses 90 dias, o produtor pode semear qualquer outra cultura, com exceção da soja. Não há recomendação para que se evite o plantio de feijão, no entanto, há indícios de que em áreas em que se plantou essa leguminosa, houve maior incidência de mosca branca, uma praga de difícil combate, segundo Siqueri.Ele conta que na safra 2006/07 praticamente não houve redução no número de aplicações de fungicidas para combater a ferrugem em Mato Grosso. No entanto, a doença incidiu cerca de 30 dias mais tarde e não prejudicou a produtividade das lavouras de soja do Estado, que aumentou de 44,9 sacas por hectare na 2005/06 para 49,7 sacas na safra 2006/07.
Siqueri detalha ainda que apesar de não obrigar, a normativa do "Vazio Sanitário" recomenda que o produtor retire os brotos de soja que nascem devido à sobra de grãos da colheita e, se possível, aplique também herbicida para limpar a área. "Mas sabemos que isso representa custo ao produtor, por isso, não é obrigatório, apenas recomendado", explica. No período restritivo do ano passado, não foi registrado nenhum caso de descumprimento da normativa em Mato Grosso.