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Conclusão da Rodada de Doha depende da maioria na Europa, diz presidente alemão

<p>O presidente da Alemanha, Horst Khler, disse ontem (8) que seu país é favorável à conclusão das negociações de livre comércio da Rodada de Doha, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas ponderou que na Europa, a maioria é quem decide.</p>

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, fala à imprensa após café da manhã com o presidente alemão, Horst Khler

Redação (09/03/07) – A informação é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, que tomou café da manhã com Khler e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, no hotel Blue Tree Park, em Brasília.

Ao término do encontro, Meirelles evitou os jornalistas, mas Furlan serviu de porta-voz da conversa que, segundo ele, “foi um bom aquecimento” para a reunião do alemão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também hoje.

Furlan disse que Khler conhece bem os números da economia brasileira desde que foi diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo o ministro, o visitante “veio ver a realidade brasileira, de recuperação industrial, e também entender esse momento em que o país tem bons números na macroeconomia, mas com crescimento abaixo do esperado”. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,9% no ano passado.

De acordo com Furlan, a conversa envolveu questões sociais e criação de emprego, investimentos, desoneração fiscal e biocombustíveis, além da Rodada de Doha, em que países agroexportadores como o Brasil tentam reduzir subsídios dos países desenvolvidos para ampliar o acesso a seus mercados.

O presidente alemão afirmou ser favorável à conclusão, embora seu país tenha limitações de ordem comercial. Ele alegou que uma organização como a União Européia, com 27 países, “deve se pautar pela orientação dada pela maioria”.