Redação (13/02/07) – Os motivos foram o fato das exportações não estarem muito boas e da aproximação da quaresma e do carnaval, conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Rafael Palamar Blaca. “A carne para a exportação está indo para o mercado interno, o que está causando um excesso de ofertas”, explicou.
No Rio Grande do Sul, o produtor independente, que estava ganhando R$ 1,90 no fechamento da semana passada, hoje ganha R$ 1,75. No Mato Grosso, o produtor recebe R$ 1,70 pelo kg + uma bonificação de 3,5%. O produtor integrado não teve alteração e continua recebendo R$ 1,65 mais uma bonificação. Porém, para ele, o mercado tem tendência de baixa, chegando a R$ 1,60, mas pode não se confirmar devido aos custos de produção.
Segundo o analista Blaca, as exportações não estão muito bem sucedidas, porque os países de fora estão querendo pagar cerca de R$ 1,75, e o Rio Grande do Sul não quer fazer negócios a esses preços. Entretanto, para semana que vem, já existem negócios nesse patamar, e os suínos que não estão sendo exportados vêm para o mercado interno. Dessa forma, cai o preço de Santa Catarina e do Paraná, pois são localidades próximas.
No Paraná, o consumo de carne suína está fraco e também com mercado bem ofertado. Os preços tiveram uma leve queda. O produtor independente na região de Ponta Grossa ganha R$ 1,70, contra 1,75 da semana passada. o produtor independente em Pato Branco também está ganhando R$ 1,70. O produtor integrado segue a R$ 1,45 na região oeste. Nessa região, eles estão vendendo bastante carcaça a R$ 2,90.Em Sao Paulo a arroba encontra-se a R$ 39,00
O Brasil registrou um avanço de 9,80% na receita obtida com a exportação de carne suína no mês de janeiro. Balanço divulgado pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) indica que a receita passou de US$ 66,6 milhões em janeiro de 2006 para US$ 73,1 milhões no mês passado.
O embarque de carne suína teve um aumento de 4,97%, passando de 36.305 toneladas em janeiro de 2006 para 38.110 toneladas no último mês. Entretanto, de acordo com o presidente da entidade, Pedro de Camargo Neto, os embarques para a Rússia, principal destino da carne suína brasileira, foram 20,88% menores que no mesmo mês do ano anterior, passando de 23.270 toneladas em 2006 para 18.410 toneladas nesse ano.
As exportações para Hong Kong, o segundo maior comprador da nossa carne suína sofreram uma retração de 8,28% em relação a janeiro de 2006. Em janeiro desse ano, foram exportadas 5.828 toneladas frente a 6.354 toneladas em janeiro do ano passado.
Contudo, as exportações para outro dos principais compradores apresentaram melhora significativa. Para a Ucrânia foram embarcadas 3.769 toneladas esse ano, contra 987 toneladas no ano passado, um aumento de 282%.