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Acreditem: Ainda vai valer a pena

<p>Em artigo, o presidente da ACCS, Wolmir de Souza, fala sobre as dificuldades vividas pela suinocultura catarinense em 2006 e de sua expectativa para este ano.</p>

Redação SI (24/01/2007) Uma verdadeira tempestade caiu sobre a cabeça dos suinocultores, em especial, os catarinenses. Problemas que, quase todos têm sua origem no campo sanitário, todos fora do Estado, alguns do outro lado do mundo e em outra espécie de animal, como foi a gripe aviária, que fechou  e reduziu o mercado de frango exportado, sobrando grande volume no mercado interno, que vendido a preço baixou, competiu de forma desleal com a carne suína.

O embargo russo, ocorrido em função dos focos de aftosa registrados em outros estados e outras espécies de animais, fez com que se identificasse a pressão sobre o mercado argentino que hoje nos acusa de dumping, (prejudicar o produtor argentino com concorrência desleal), são alguns fatores que dificulta a argumentação quando o assunto é Status Sanitário Catarinense. Por inúmeras vezes fomos indagados: Será que vale a pena? De que adianta correr riscos? A vacinação protege nosso rebanho e teremos melhores mercados como o Rio Grande do Sul que vacina e exporta, mesmo tendo registrado foco há não muito tempo atrás? É aí que fica difícil de argumentar.

As ameaças do Estado do Paraná, pela rigidez nas fiscalizações e normas sanitárias, que por sua vez garantem a nossa estabilidade, nos preocupa pela possibilidade de retaliação e possível proibição, mesmo que temporária, de passagem e comercialização se suínos naquele estado, tudo isso aumenta a interrogação.

Por outro lado, vale a pena acreditar, e mais do que isto, fazer a nossa parte para que isso aconteça.

Tenho a convicção e este ano será o período de coroar o trabalho já feito pelos nossos governantes, atual que antecederam, pelas agroindústrias e pelos produtores.

Deus queira que em maio, na França, Santa Catarina seja oficialmente reconhecida, o que nos dará o passaporte de entrada em países europeus e mercado japonês.

Este será sem dúvida, com a tradicional seriedade dos cuidados, tanto sanitários quanto ambientais, a certeza da continuidade da atividade suinícola em nosso Estado.

Wolmir de Souza
Presidente da ACCS