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China reconhece que combate à gripe aviária apresenta deficiências

<p>Após a detecção de dois novos focos em animais domésticos na última semana, o vice-ministro Yin Chengjie admitiu que os preparativos para a época de maior risco estão sendo muito lentos em algumas províncias.</p>

Redação AI (06/10/06)- A China, que se prepara para um novo aumento de focos de gripe aviária com a chegada do frio, ainda tem pontos fracos nos mecanismos de prevenção da doença, reconheceu o vice-ministro da Agricultura, citado pela imprensa oficial.

Após a detecção de dois novos focos em animais domésticos na última semana, o vice-ministro Yin Chengjie admitiu que os preparativos para a época de maior risco estão sendo muito lentos em algumas províncias. Ele citou os problemas de falta de pessoal, baixo orçamento e número de vacinas insuficiente.

Para tentar resolver os problemas, inspetores ministeriais vão visitar zonas rurais da China, as mais suscetíveis de sofrer focos de gripe aviária e as que têm mais problemas de financiamento para o sistema de saúde.

A China prometeu vacinar todos os animais domésticos, 14 bilhões, mas não se sabe se as autoridades cumpriram o objetivo. “Temos que reconhecer a gravidade da gripe aviária e não baixar a guarda”, destacou Yin.

Recentes pesquisas publicadas no jornal “China Daily” indicaram que só 8% dos chineses consideraram a doença perigosa e um problema grave para a saúde nacional. Por isso, a China, em colaboração com o Unicef, lançou um programa de conscientização para grupos com alto risco de infecção, incluindo crianças em áreas rurais, granjeiros, açougueiros e operários de fábricas dedicadas ao setor aviário.

Na China, a gripe aviária em animais levou nos últimos dois anos ao sacrifício de mais de 20 milhões de aves. Os casos em humanos foram 21, com 14 mortes. Nos últimos três anos, a gripe aviária afetou 252 pessoas na China, Indonésia, Vietnã, Tailândia, Azerbaijão, Camboja, Djibuti, Egito, Iraque e Turquia, com 148 mortes.