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Fort Dodge investe US$ 400 mil em nova vacina para aves

<p>A empresa estima a venda de aproximadamente 3 milhões de doses do produto nos dois primeiros anos de comercialização, o que deverá render um faturamento de R$ 855 mil à companhia.</p>

Redação (01/06/06) – A Fort Dodge Saúde Animal, uma das líderes mundiais do setor de vacinas veterinárias, prevê obter 30% do mercado de vacinas inativadas contra a doença de Gumboro e a Reovirose com o lançamento de Poulvac Maternavac IBD-REO. Hoje, o Brasil abriga um
plantel de 37 milhões de matrizes reprodutoras.
 

Já disponível no mercado brasileiro, esta é a única vacina inativada que
combina esses dois agentes. O desenvolvimento da Poulvac Maternavac IBD-REO levou cinco anos, e foi conseguido através de um investimento de cerca de US$ 400 mil, o equivalente a R$ 880 mil.

De acordo com Renato Verdi, gerente de produtos para América Latina da Fort Dodge, o diferencial do produto está em seu sistema de manufatura. “A Poulvac Maternavac IBD-REO é produzida por meio da tecnologia BTO (“Bursal Tissue Origin”), onde o antígeno de Gumboro é obtido a partir de tecidos da bolsa de Fabrício. A utilização do substrato natural de replicação do vírus possibilita a produção de vacinas de maior imunogenicidade, proporcionando assim maior proteção e eficácia”.  Essa tecnologia já é referência nos EUA e

Europa.

Esse produto foi desenvolvido para Matrizes pesadas (matrizes responsáveis pela produção de frangos), e visa a proteção da progênie. “A transferência de imunidade ocorre pela gema do ovo, garantindo assim a proteção dos pintinhos e futuras aves de corte”, explica Verdi.     

Em relação aos demais produtos do mercado com a mesma finalidade, a nova vacina oferece maior proteção contra os principais tipos de vírus variantes da Doença de Gumboro atualmente existentes no Brasil, as cepas locais G11 e G15, causadoras, respectivamente, de doença clínica com alta mortalidade e imunodepressão em frangos de corte. “A vacina inclui em sua composição, além do vírus clássico Lukert (o mesmo da tradicional vacina Bursine-2), uma amostra de vírus variante com identidade com o G11 e  maior similaridade com o G15”, disse. Segundo Renato Verdi, esses dois grupos moleculares do vírus da doença de Gumboro têm grande importância na avicultura, causando enormes prejuízos ao setor.

Atualmente, a Doença de Gumboro está disseminada por todo o Brasil e sua prevalência é bastante variada de acordo com a imunidade das matrizes, manejo, meio ambiente, tipos de vacina e programas de vacinação utilizados. No entanto, nas épocas mais quentes do ano, a disseminação da doença se torna mais evidente.  “Além de conferir proteção contra as formas clínica e subclínica da  Doença de Gumboro, a nova vacina também auxilia a evitar perdas de produtividade causadas pelo Reovírus”, destaca Renato Verdi. Causadora de imunodepressão e perda de performance das aves, a Doença de
Gumboro faz com que os animais cheguem no abate com menos peso e maior índice de mortalidade. Como resultado, o criador tem perdas, já que a remuneração – normalmente de acordo com o peso das aves – é menor. Segundo Verdi, o plantel deprimido afeta o desempenho zootécnico das aves.

A Fort Dodge promoverá uma série de Workshops, em 6 diferentes regiões do país, onde serão apresentados os principais diferenciais desse produto inovador, bem como resultados de laboratório e de campo da utilização desse produto nos Estados Unidos e no Brasil.

Importada de Charles City (Iowa, Estados Unidos), a Poulvac Maternavac IBD-REO começa a ser vendida pelos mais de 20 distribuidores da Fort Dodge em frascos de mil doses. No Brasil, neste ano a companhia aguarda um faturamento 8% superior ao de 2005, de aproximadamente R$ 137,7 milhões. Recentemente, a Fort Dodge também lançou o Onyx, primeiro endectocida de longa duração do mundo.