Os Emirados Árabes Unidos continuam sendo o principal destino dos ovos brasileiros. Em 2022, o país árabe importou 4,45 mil toneladas, volume 35,6% menor que o realizado no mesmo período de 2021. O destaque do ano passado, por sua vez, foi o Catar, país sede da Copa do Mundo, que ocupou o segundo posto no ranking de exportação com 1,11 mil toneladas, quantidade 127,8% maior que a registrada no ano anterior. Em terceiro lugar, ficou o Japão, com 1,1 mil toneladas, desempenho 6,6% inferior ao registrado em 2021. As informações foram divulgadas nesta terça-feira pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
“Os principais países compradores dos ovos brasileiros são mercados de alto valor agregado, o que gerou receitas importantes para a avicultura de postura, especialmente em um ano muito desafiador para o setor que enfrentou altas históricas dos custos de produção. O mercado doméstico é e continuará sendo o grande foco das empresas produtoras, mas ano após ano novos mercados têm sido abertos e a expectativa é que passo a passo o Brasil vá aumentando sua participação em mercados importantes, como é o caso do México, por exemplo”, avaliou em nota o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua.
Exportações totais
As exportações brasileiras de ovos, considerando produtos in natura e processados, totalizaram 9,47 mil toneladas nos doze meses de 2022, volume 16,5% menor que o realizado no mesmo período do ano anterior, com 11,34 mil toneladas.
Em receita, o resultado total das vendas do ano chegou a US$ 22,42 milhões, resultado 24,2% superior ao registrado no mesmo período de 2021. É o melhor resultado registrado desde 2015.
No mês de dezembro, as vendas de ovos alcançaram 431 toneladas, volume 82,7% menor que o registrado no mesmo mês de 2021, com 2,5 mil toneladas. A receita registrada no período chegou a US$ 1,29 milhão, valor 67,5% menor que o registrado em dezembro de 2021.
“Ao mesmo tempo que não impactaram a oferta interna de produtos, as exportações de ovos no ano passado geraram divisas relevantes para o País, em um momento especialmente importante diante da alta histórica dos custos de produção. Neste contexto, a realização da Copa do Mundo gerou bons números para os embarques”, avaliou em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.