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Inseminação artificial de suínos no Oeste de SC cresce 67%

<p>A Aurora destaca-se neste segmento.</p>

Redação SI (17/04/06)- O emprego da inseminação artificial (I.A.) para o aprimoramento genético dos rebanhos de suínos teve, em 2005, um avanço de 67% em relação ao ano anterior, na área de atuação da Cooperativa Central Oeste Catarinense (Aurora), refletindo-se em ganhos para a cadeia produtiva.

O Oeste barriga-verde continua sendo um dos maiores e mais avançados centros de inseminação da suinocultura industrial brasileira, tendo a Coopercentral Aurora como sua maior estimuladora e a principal abatedora de suínos de Santa Catarina.

A reação nos preços e a superação dos entraves mercadológicos permitiram, durante o ano de 2005, manter bons índices de desempenho, avaliam o vice-presidente Mário Lanznaster e o gerente de melhoramento genético Alderi Miguel Crestani. O abate total do ano registrou crescimento de 2,01% e chegou a 2 milhões 296 mil cabeças de suínos.

A oferta de carnes in natura foi ampliada em 3,57% (de 207,3 mil toneladas para 214,7 mil toneladas) e a linha de industrializados teve incremento de 7,34% (de 181,8 mil toneladas para 195,2 mil toneladas). A inseminação no grande Oeste catarinense é alavancada pelas Centrais de Inseminação de Chapecó, São Miguel do Oeste, Concórdia e Joaçaba operadas em parceria entre a Coopercentral, a Associação Catarinense de Criadores de Suínos e cooperativas filiadas.

Atuando sincronizadamente em 2005, elas produziram 274.530 doses (média mensal de 22.877), ou seja, 67% acima de 2004 quando foram distribuídas 183.856 doses de sêmen. O número de fêmeas inseminadas foi correspondentemente maior atingindo 137.265 animais (são empregadas duas doses de sêmen de altíssima qualidade para cada matriz).

Lanznaster e Crestani destacam que a importância do avanço genético pode ser avaliada na média de nascimentos da inseminação artificial que foi de 11,8 leitões por parto. Do abate total do conglomerado Aurora em 2005 (2,296 milhões de suínos), cerca de 60% foram de animais oriundos de inseminação artificial, o que assegura o mais alto padrão genético, pois são animais especialmente selecionados para maior produção e qualidade de carne magra. 

A Coopercentral Aurora assinou, em 2005, contratos com as empresas DB DanBred e Agroceres Pic para desenvolver programas de transferência de material genético suíno nos próximos oito anos. Ambos os contratos permitem a operacionalização de uma pirâmide de produção da Coopercentral que consiste de bisavós puras para a formação de um rebanho-núcleo e avós cruzadas (F1) para o repasse às granjas multiplicadoras.

Os produtos genéticos da DB DanBred e da Agroceres Pic somam-se ao Embrapa MS60, dando aos criadores as três melhores opções do mercado para a suinocultura intensiva. Nos últimos quatro anos, houve uma reposição de 100% no plantel de fêmeas. O sistema de integração mantém, no campo, 165.353 matrizes. A conjugação dos processos de monta natural, inseminação artificial, seleção de machos e fêmeas permitiu obter excelentes índices de carne magra (56,6%) e de peso de carcaça (84,3 kg).

           O resultado desse trabalho coloca a Aurora entre as melhores agroindústrias do segmento. Essas condições retratam uma suinocultura tecnologicamente avançada e zootecnicamente moderna. A base produtiva da Aurora, além das quatro centrais de inseminação e três granjas-núcleos, conta com 22 granjas multiplicadoras e 6.413 suinocultores integrados.

           Nas granjas-núcleos e centrais de inseminação, são selecionados machos que detêm mais de 60% de carne magra, espessura de toucinho inferior a 1 centímetro, ganho de peso diário superior à 860 gramas e conversão alimentar inferior à 2,3 kg de ração para 1 kg de carne. Cada inseminação custa R$ 3,00 reais (posto central) e R$ 3,50 reais (posto na propriedade) para os produtores cooperativados.