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Grãos

Forte demanda nos EUA sustenta preços do milho na Bolsa de Chicago

Trigo passou por correção técnica e soja ficou estável

Forte demanda nos EUA sustenta preços do milho na Bolsa de Chicago

O milho manteve a tendência de valorização na bolsa de Chicago, com uma demanda crescente da China pelo cereal americano. Os contratos com vencimento para maio subiram 1%, a US$ 6,3275 por bushel, já os lotes para julho avançaram 0,65%, a US$ 6,1625 por bushel.

“Após um ritmo lento desde o início do ano para as exportações de milho dos EUA, o indicativo de que a demanda chinesa pode voltar a crescer deu ânimo ao mercado, que também sobe por questões técnicas, após um movimento de baixa que vem desde o final do mês passado”, diz João Pedro Lopes, analista de inteligência de mercado da StoneX.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) relatou, pelo terceiro dia consecutivo, vendas de milho do país para a China. De acordo com o órgão, as exportações do cereal americano aumentaram em 11% na semana encerrada em 9 de março, atingindo 1,165 milhão de toneladas.

“As vendas à China são um bom indício ao mercado de demanda forte, mas os próximos relatórios do USDA precisam confirmar se isso será uma tendência ou apenas um movimento pontual”, acrescenta Lopes.

Trigo

O trigo fechou o dia em queda na bolsa de Chicago após um movimento de correção técnica, impulsionado por quatro sessões seguidas de preços em alta. Os contratos do cereal para maio recuaram 0,53%, a US$ 6,99 por bushel, e os papéis para julho caíram 0,56%, a US$ 7,09 por bushel. Ainda segue no radar dos investidores o acordo de grãos do Mar Negro, que vence em 18 de março.

As negociações estão em andamento, e o principal entrave até agora é o tempo de duração do pacto. Enquanto a Rússia fala em uma extensão por 60 dias, ucranianos querem que o acordo seja prorrogado por mais 120, assim como aconteceu em novembro do ano passado.

Soja

Dividida entre fundamentos macroeconômicos e de demanda, a soja fechou perto da estabilidade na bolsa de Chicago. Os lotes para maio subiram 0,15%, a US$ 14,9150 por bushel. Já os contratos para julho avançaram 0,10%, a US$ 14,76 por bushel.

João Pedro Lopes, analista de inteligência de mercado da StoneX, diz que o momento financeiro conturbado nos EUA vinha atuando como um fator de pressão nas cotações. Mas, no meio do dia, os dados de vendas americanas deram sustentação aos preços.

As vendas líquidas de soja dos EUA atingiram 665 mil toneladas na semana encerrada em 9 de março. Uma semana antes, o saldo foi negativo, de 23,2 mil toneladas, segundo o Departamento de Agricultura americano (USDA).