Pressionada pela forte desvalorização dos derivados de soja no mercado internacional, as cotações do grão encerraram o dia em queda na bolsa de Chicago. Os papéis da oleaginosa para maio recuaram 2% a US$ 14,1950 o bushel, e os lotes para julho caíram 1,86%, a US$ 13,9850 o bushel.
“A soja acompanhou a queda do farelo e principalmente do óleo, que recuou mais de 4%, com a China bem abastecida neste momento e reduzindo o ritmo das importações”, diz Roberto Carlos Rafael, sócio-proprietário da Germinar Agronegócios.
Segundo ele, as projeções cada vez melhores para a safra brasileira de soja e o ritmo fraco das exportações dos Estados Unidos também exerceram pressão sobre as cotações no pregão de hoje. As vendas americanas de soja para o mercado externo caíram 77% na semana encerrada em 16 de março, para 152,5 mil toneladas, informou o Departamento de Agricultura do país (USDA).
Milho
O milho fechou o pregão em queda, mesmo com o registro de demanda recorde pelo grão dos EUA. Os contratos para maio recuaram 0,28%, a US$ 6,3175 o bushel, e os lotes que vencem em julho caíram 0,16%, a US$ 6,1075 o bushel.
Os exportadores americanos anunciaram vendas de 3,1 milhões de toneladas de milho entre 10 e 16 de março, de acordo com o USDA. Trata-se de um recorde de contratos de exportação acertados em apenas uma semana. “Ainda que o volume de exportação seja robusto, ele já era esperado pelo mercado. Com isso, os preços subiram logo depois de o USDA revelar o dado, mas logo voltaram a cair, diz Roberto Carlos Rafael, da Germinar Agronegócios. Ele lembra que, no acumulado do ano, o volume dos embarques americanos já dimunuiu 34% em 2023.
Trigo
Os preços do trigo fecharam em queda pela quarta sessão consecutiva, renovando suas mínimas do ano. Os contratos para maio caíram 0,23%, a US$ 6,63 o bushel, e os lotes para julho recuaram 0,11%, a US$ 6,74 o bushel.