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Preços agrícolas em SP caem 2,03% em abril

<p>Queda é a maior observada desde junho de 2003.</p>

Da Redação 04/05/2005 – O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) caiu 2,03% em abril em São Paulo, perdendo 7,89 pontos percentuais em relação a março de 2005. A forte valorização do real no mês, a intensificação da colheita da safra de grãos e a queda generalizada das cotações das commodities no mercado internacional e dos produtos de origem animal levaram a essa redução nos preços do setor.

Esta é a maior queda mensal observada desde junho de 2003 pelo Instituto de Economia Agrícola, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Dos 19 produtos pesquisados, cinco apresentaram aumento no preço (batata, cana-de-açúcar, feijão, aves e leite). Entre os vegetais a queda nos preços de 11 produtos gerou redução de 0,34% no índice do grupo. Já no segmento animal o crescimento nas cotações do leite e das aves não impediu a variação negativa de 5,08% nos preços do grupo.

A variação acumulada do IPR em 2005 chega a 6% em comparação com 2,42% do IGP-M e 2,74% do IPC-Fipe (estimativa). Isto indica ganho do poder de troca dos agricultores de 3,58 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 3,26 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.

No ano 10 produtos apresentaram crescimento no preço, com destaque para batata, café, cebola, tomate e trigo, que tiveram aumento acumulado superior a 20%. Já cana-de-açúcar, feijão, laranja, milho e leite registraram aumentos inferiores a 20%, enquanto nove produtos tiveram reduções.

A variação mensal anualizada em abril de 2005 indica evolução contínua do IPR desde outubro de 2004 até março de 2005, quando apresenta um pequeno recuo. Com o desempenho em abril esse índice acumulado apresentou variação positiva de 18,60%, em comparação com 10,74% do IGP-M e 8,12% (estimado) do IPC-Fipe.

Assim os preços agrícolas apresentam nos últimos 12 meses ganho de 7,86 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 10,48 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe. Nos últimos 12 meses oito produtos apresentaram crescimento positivo no preço, dos quais cinco com altas superiores a 20% e três com taxa inferior a 20%.