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<p>Estiagem prolongada provoca queda na produção de milho e alta no preço do cereal.</p><p></p><p></p>

Da Redação 28/02/2005 – A falta de chuva para o plantio da safrinha mantém o mercado de milho em alerta. Mesmo em plena colheita da safra de verão, a oferta mostrou-se reduzida na semana, com o mercado apresentando preços firmes e poucos negócios no período. Cooperativas e produtores de modo geral seguem atentos ao clima e às previsões de chuva para este final de semana (26 e 27) e enquanto não chove, efetivamente não vendem, comenta o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari. Conforme o analista, há um certo nervosismo de mercado com essa estiagem prolongada, principalmente em regiões de peso na formação de área de milho safrinha como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, mas ainda há tempo de replantio.

Levantamento de Safras & Mercado dessa semana indicou colheita de milho de 10,3% para a região Centro-Sul contra 14,6% colhido do ano passado em igual período. Já o milho safrinha tem plantio de 9,6% da área prevista contra 14% do mesmo período de 2004.

No Paraná, o Departamento de Economia Rural-Deral, indica perda de 0,4% de produção para o milho 1a. safra do estado como consequência da estiagem iniciada em meados de janeiro. A safra estadual, prevista em 7,164 milhões de ton está sendo reavaliada para 7,137 milhões de toneladas.

De acordo com o Deral, as perdas estão ocorrendo no sul do estado (2%) e no sudoeste (1%). “Nas demais regiões os produtores estão colhendo bem, com produtividade até acima do previsto”, relata o coordenador técnico Otmar Hubner. Os números do Deral levam em conta uma colheita de 19% para o milho. As demais lavouras estão em fase de maturação (57%), frutificação (34%), floração (5%) e em desenvolvimento vegetativo (2%).


Preços no mercado
Os preços de mercado interno já se mostram mais firmes. No Paraná, a saca de 60kg do cereal foi cotada a R$ 16/16,50 no interior do Estado contra patamares de R$ 14,50/15,00 da semana anterior. No Porto, indicação a  R$ 17,00 saca. No Rio Grande do Sul, mercado oscilou entre R$ 18,50/19,00 saca no interior ante R$ 18/19,00 da semana passada. Em São Paulo, mercado em elevação, com a saca a R$ 16/16,50 nessa quinta-feira ante patamares de R$ 15,50/16,00 da última sexta-feira (18). Campinas CIF foi indicado a R$ 18/18,50 saca contra R$ 18,00 de máxima da semana anterior. Em Minas Gerais, preços oscilaram entre R$ 14,50/15,00 contra até R$ 15,50 da semana passada e em Goiás, entre R$ 12,50/13,50, sem alterações com relação à semana anterior. No Mato Grosso, mercado seguiu estável em R$ 10/12,00 saca na semana.

O leilão de PEP de milho desta quinta-feira (24/02), negociou 25.670 ton de milho de um total de 55 mil toneladas ofertadas, o equivalente a 46,67%. Dos oito lotes ofertados, somente um – lote 01 da Bahia, de oferta de 10 mil ton – foi negociado na totalidade. Outros seis lotes foram vendidos de forma parcial, enquanto o último lote, de número 08, de 3 mil ton depositadas no Mato Grosso, não despertou interesse. O preço de fechamento do pregão ficou em R$ 0,0504 (média simples) e em R$ 0,0608 (média ponderada). O volume financeiro obtido com a operação atingiu R$ 1,559 milhão. As bolsas que mais adquiriram o produto foram a Bolsa de Hortifrutigranjeiros e Cereais de Pernambuco-BHCP, com aquisição de 5.860 ton seguida da Bolsa de Mercadorias do Recife, com 5.700 ton e da Bolsa Nacional de Mercadorias com 4.460 ton. A Bolsa de Mercadorias do Ceará adquiriu 3.840 ton. No leilão anterior (17/02), a CONAB negociou 21.826 ton das 70 mil ton ofertadas, o equivalente a 31,18% do total.