Redação AI 01/03/2004 – 05h25 – As indústrias gaúchas habilitadas ao abate de emas retomaram as atividades no mês passado. Custos elevados e problemas operacionais, que ocasionaram queda de produtividade em 2003, motivaram criadores do Estado a buscar novas opções para o escoamento da produção nos criatórios. Aos frigoríficos Castilhense, de Júlio de Castilhos; Pampeano, de Hulha Negra; e Mercosul, de Bagé – que já vinham abatendo e gerando subprodutos -, soma-se na operação o Frigorífico Bom Sul, de Pelotas. Seu credenciamento este ano teve a liderança e a organização da Associação Brasileira de Criadores de Emas (Abrace).
De acordo com o presidente da entidade, Fábio Augusto dos Santos, ações promovidas desde o último semestre vêm ampliando as perspectivas de crescimento do setor a partir de 2004. Parcerias firmadas, por exemplo, com distribuidores de carnes silvestres, que apresentam demanda crescente no varejo, exigirão em breve o aumento do plantel dos animais destinados a abate. Nesse sentido, observa o dirigente, torna-se necessário o ingresso de novos criatórios de emas na atividade para garantir o abastecimento do mercado.
A Abrace também destaca a criação da cooperativa Emas do Brasil, que, além de fomentar novos negócios, irá desenvolver entre os produtores o aprimoramento das técnicas de manejo da espécie. A fim de atender o regulamento técnico para registro, fiscalização e controle de ratitas – publicado em dezembro do ano passado em instrução normativa do Ministério da Agricultura – a Emas do Brasil planeja uma forma de certificar os criatórios cooperados. A conformidade com essas normas irão permitir a alavancagem de negócios mediante a abertura do mercado externo às carnes de emas produzidas no Estado.