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Goiás terá frigorífico de avestruz

Abatedouro será o segundo maior e mais moderno do mundo. Produção será exportada para a Europa

Redação AI 01/04/2004 – 08h40 – A Avestruz Master vai verticalizar sua produção em Goiás. Ela lançou ontem a pedra fundamental da construção de um frigorífico para abate de avestruzes, em Bela Vista de Goiás. A empresa vai investir R$ 16 milhões na instalação do abatedouro, que será o segundo maior e mais moderno do mundo, com capacidade para abater até mil aves diariamente. As obras começam este mês e o frigorífico deve iniciar as operações até fevereiro de 2005.

A unidade terá uma área construída de 26 mil metros quadrados, num espaço total de 46 mil metros quadrados, e vai gerar entre 400 e 500 empregos. O diretor-administrativo da Avestruz Master, Jerson Maciel, diz que a escolha de Bela Vista foi estratégica, pois a cidade já abriga uma fazenda modelo da empresa, com o maior criatório de avestruzes da América Latina, com 1.800 piquetes. A área fica às margens da GO-020, com completa infra-estrutura em energia elétrica e água, explica o empresário, lembrando que 85% da mão-de-obra será contratada na cidade.

Jerson Maciel informa que cerca de 98% da produção será exportada para a Europa, onde o quilo da ave custa US$ 16,00 e a demanda é muito grande. Como nossa moeda se desvalorizou, a carne custaria caro no mercado nacional, justifica Maciel.

Um casal de avestruzes, cuja fêmea pode pôr até 80 ovos por ano, chega a valer até R$ 30 mil, segundo o diretor da Avestruz Master. “Um casal com 20 filhotes proporciona um grande lucro. Mesmo criando gado, o produtor pode investir na produção de avestruz, que exige pouco espaço”, destaca.

Os avestruzes que abastecerão o frigorífico virão das 35 fazendas de criadores associados à empresa e de 10 franquias de criatórios da Avestruz Master, que já têm 25 mil avestruzes adultos disponíveis para o abate.

O diretor da empresa informa que outros criatórios de Brasília, São Paulo e Minas Gerais também devem utilizar o frigorífico para abate. Segundo ele, o contato com os europeus começou logo no início da criação em Goiás e a compra está garantida. As obras de construção do frigorífico serão coordenadas pelo técnico sul-africano Theuns Vieljoen.