Redação AI 16/04/2004 – 06h00 – As autoridades canadenses reconheceram que a infecção de gripe do frango que afeta a província de Columbia Britânica ainda não está controlada e que se aproxima da cidade de Vancouver.
O ministro da Agricultura de Columbia Britânica, John van Dongen, afirmou que “o problema não está sob controle e a maior dificuldade que temos é transportar as aves mortas”. Van Dongen acrescentou que “se não obtivermos a cooperação e a assistência para transportar essas aves mortas, e para tomarmos conta delas, o problema seguirá piorando”.
Ottawa ordenou na semana passada o sacrifício de 19 milhões de aves das fazendas avícolas no vale de Fraser, a área onde está o epicentro da infecção. As outras aves que estão infectadas com o vírus são incineradas e enterradas enquanto as saudáveis podem ser vendidas para consumo.
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O reconhecimento do ministro de Columbia Britânica acontece quando o número de fazendas avícolas afetadas pelo vírus H7N3 -uma cepa distinta à que afeta a Ásia e que causou vários mortes entre a população- se elevou nas últimas horas para 29. O que é mais preocupante para os responsáveis sanitários canadenses é que a última fazenda afetada fica a uma considerável distância do foco da infecção.
O veterinário Cornelius Kiley, da Agência de Inspeção Alimentar Canadiense (CFIA), assinalou nessa quinta-feira que “o caso é na verdade preocupante. Uma das razões pela qual estamos espalhando a mensagem de bioseguridade é porque a de número 29 fica na área de Cloverdale, que está a uma distância considerável”.
Cloverdale fica a oeste do foco infeccioso, entre o vale Fraser e Vancouver. Por enquanto, dois trabalhadores da CFIA que estiveram em contato com aves afetadas pela gripe do frango adoeceram com sintomas de conjuntivite aguda embora os dois já tenham se recuperado totalmente.
O maior temor das autoridades sanitárias canadenses é que o vírus da gripe do frango entre em mutação ao entrar em contato com a população humana e seja gerado um vírus capaz de ser transmitido de pessoa para pessoa. O chefe médico da Columbia Britânica, doutor Perry Kendall, recomendou que todas as pessoas que trabalham na zona de infecção, tomem remédios contra vírus e se vacinem contra a gripe humana.
