Redação AI 28/03/2003 – Nos últimos 10 anos, a avicultura foi a cultura que mais cresceu no Brasil. Seguindo a tendência nacional, a produção avícola mato-grossense adotou o sistema de integração, que consiste em um pacto rígido firmado entre avicultores e abatedouros. Segundo o professor aposentado da Universidade Federal de Lavras, Benedito Lemos de Oliveira, assistente do Grupo ASA, os criadores da região precisam apenas adaptar melhor as suas granjas às condições climáticas.
A produtividade depende muito no nível de estresse das aves e isso está diretamente ligado ao calor e umidade relativa do ar. Ele explicou durante a palestra do Enipec que a primeira preocupação deve ser com o modelo da granja. Cada galpão tem medidas e tipos de climatização específicos. Se tem muito espaço e pouca tecnificação a ventilação é boa, mas, ao mesmo tempo o custo pode não ser tão barato.
A arborização é um quesito fundamental. Como os galinheiros brasileiros costumam ser muito baixos – o que acaba facilitando o manejo – o calor do solo reflete-se nas aves. Se não há ventilação e uma temperatura ambiente estável, a produção de ovos fica reduzida. “Nada de construir de um lado em que o sol fique na cara das galinhas”, acrescenta. Se não há jeito, o criador tem por obrigação pelo menos proporcionar água fria e manter os ovos em locais arejados.
Ele ensina que uma maneira de garantir água em temperaturas ideais seriam esvaziar uma vez por dia toda a tubulação, principalmente nos horários mais quentes do dia.
A quantidade de aves dentro do galinheiro deve ser orientada. Segundo Oliveira, a densidade de 400 centímetros quadrados por ave não tem sido respeitada, chegando a 320 centímetros quadrados.