Redação SI 15/07/2003 – A partir de segunda-feira (14) as integrações de Santa Catarina passam a pagar R$ 1,40 pelo quilo do suíno vivo aos produtores (mais gratificação pela tipificação da carcaça). Desde 23 de maio, a cotação estava em R$ 1,37, segundo a ACCS – Associação Catarinense de Criadores de Suínos. Na sexta-feira, a cooperativa Aurora foi a primeira a anunciar que elevaria o preço.De acordo com o presidente da Aurora, Zeferino Pedroso, a decisão visa a evitar o aumento no abate de matrizes suínas, estimulado pela crise do setor. O temor da Aurora é que um abate expressivo de matrizes afete a oferta de suínos no futuro. ”60% da nossa produção depende do integrado, que cria as matrizes”, explicou, Zezo, que também preside o Sindicarnes de Santa Catarina.Com a elevação de 2,2% nos preços ao suinocultor, a expectativa é dar ”um alento” aos produtores, segundo Pedro Benur, diretor geral de operações da Seara.A retomada das exportações de Santa Catarina para a Rússia após quase seis meses de embargo permitiu aos frigoríficos elevar os preços ao produtor, segundo analistas. Benur afirmou, contudo, que o setor está ”pagando para exportar” por causa dos custos ainda elevados.O aumento dado pelas empresas foi considerado pequeno pelos suinocultores. ”Pelo menos, é uma sinalização de que começará a melhorar”, afirmou Ariosvaldo Mânfio, secretário-executivo da ACCS. Segundo ele, o custo de produção está em R$ 1,60 por quilo para criadores com produtividade de 18 a 20 terminados porca/ano.O diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos no Rio Grande do Sul, Rogério Kerber, afirmou que desde a primeira semana de julho algumas empresas gaúchas já pagam R$ 1,40 pelo quilo do suíno. Ele disse que a tendência é que outras paguem o mesmo valor no curto prazo, uma vez que há indicadores de menor oferta e de continuidade das exportações.