Redação AI 16/04/2002 – O perfil do mercado interno consumidor de frango está mudando. A ave “in natura” perde cada vez mais espaço para os produtos processados. O consumo de carne de frango não industrializada apresenta, no Brasil, um coeficiente elasticidade-renda (índice econômico que analisa a relação da demanda com a variação de renda) de 0,155 (frango inteiro), um dos mais baixos entre as carnes. Os dados são do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Instituto Cepa/SC).
Projeta-se um salto de 8,55% no consumo interno até 2005 para 5,19 milhões de toneladas. Enquanto isso, a produção deverá crescer para 6952 milhões de toneladas em igual período.
Em razão do forte crescimento do consumo de alimentos preparados e consumidos fora do domicílio, deverá crescer a venda de produtos diferenciados. A comercialização de frangos inteiros nas grandes empresas perderá importância na pauta geral de seus produtos, em benefício da comercialização de pratos semiprontos ou prontos para consumo, em que a taxa de valor agregado é maior. Se os consumidores, principalmente europeus, prosseguirem na substituição de carne bovina pelas brancas e se não surgirem, por parte dos países ricos, medidas de proteção às importações ou novas barreiras à entrada de produtos de países em desenvolvimento, as exportações brasileiras poderão passar de 16% para até 25% da produção.
Segundo o relatório, o crescimento das exigências dos consumidores quanto à preservação ambiental, o bem-estar dos animais e a garantia de sua saúde determinarão mudanças nos sistemas de manejo, nas instalações e no arraçoamento das aves.