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Suinocultores temem redução de oferta de milho em 2002 (CLIPPING)

O baixo preço pago pela saca e a falta de local para estocar o produto pode refletir na redução do plantio do grão.

Redação SI 03/07/2001 13:49 – A Associação Catarinense de Criadores do Suínos (ACCS) teme que o baixo preço pago pela saca de milho, de R$ 8,50, e a falta de local para estocar o produto possa se refletir na redução do plantio da principal fonte de alimento das granjas de suínos.

O presidente da ACCS, Paulo Tramontini, acredita que se o governo não tomar medidas para estimular o plantio, haverá queda. No entanto, ele não acredita que a redução atinja 30%, conforme declarou na semana passada o vice-presidente da Federação da Agricultura de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri.

Isso porque os suinocultores e avicultores devem manter a área plantada. No ano passado, Santa Catarina plantou 890 mil hectares de milho e deve colher 3,8 milhões de toneladas do produto. Tramontini citou que o Governo Federal já anunciou a intenção de liberar financiamentos para a construção de armazéns.

A possibilidade de faltar milho no ano que vem também preocupa o suinocultor chapecoense Érico Tormen. Ele afirmou que a maioria dos produtores está aumentando os plantéis de suínos e uma redução da área de milho pode provocar escassez do produto e aumento de custos. Atualmente, mesmo com o milho em baixa, o custo de produção é de R$ 1,23 ao quilo, pelo aumento do farelo de soja e medicamentos, cotados em dólar.

Segundo Tormen, o lucro do suinocultor é a tipificação de carcaça, que dá um bônus de 6% a 8% no preço pago ao produtor. Em 2000, o milho chegou a R$ 12 a saca e muitos produtores chegaram a trabalhar com prejuízos.