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Município maranhense investe em genética de aves caipiras

Com a genética, as aves da região passaram a engordar mais rápido e a produzir mais ovos.

Redação AI 27/08/2001 08:50 – O município de São João Batista, a 280 quilômetros de São Luís, no Maranhão, aposta no melhoramento genético para despontar como um grande produtor de aves caipiras. Há três anos a prefeitura local iniciou a implantação de um programa de melhoramento genético de ave caipira com o objetivo de aumentar o plantel. O programa já consumiu recursos no valor de R$ 150 mil, financiados pelo Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) e prefeitura, com o apoio do Consórcio Intermunicipal de Produção e Abastecimento (Cinpra).

Semana passada foi inaugurada uma incubadora de produção de pintos da raça Isa-Label. Com a máquina, a produção estimada é de cerca de três mil pintos por semana. Ao mesmo tempo em que instalou a incubadora, foi estimulada a criação da Associação Juanina de Criadores de Aves Caipiras, da qual fazem parte atualmente 40 produtores.

A criação de aves caipiras em São João Batista exerce um importante papel na renda do pequeno produtor. No entanto, segundo avaliação de um diagnóstico produzido pela prefeitura, as aves não apresentavam peso e postura suficientes para uma produção e comercialização em grande escala.

A partir do projeto de melhoramento genético, que introduziu a raça Isa-Label, as aves chegam aos 90 dias pesando três quilos e a produção das fêmeas, antes de 80 ovos por ano, saltou para 240 unidades anuais. “É uma mudança grande para a atividade do município. Para nosso programa, chega a ultrapassar”, comemora o secretário de agricultura de São João Batista, José Luís Fernandes Ribeiro.

Além do melhoramento genético, a prefeitura vem implantando o programa chamado microgranjas. Voltado para o pequeno produtor, visa estimular não só a criação de aves caipiras, aproveitando o terreno das residências, mas também oferece todo apoio no processo de criação, com orientações sobre manejo, ração e material adequado para as instalações.

A segunda etapa do programa de melhoramento genético inclui a implantação de uma fábrica de ração, visando aproveitar ao máximo a oferta de produtos da região, como rama e raiz da mandioca e outros.