O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, alerta que o rebanho gaúcho de suínos, em especial o mantido pelos produtores de fora do sistema integrado, pode cair até 400 mil cabeças em 2022. “Hoje temos cerca de 36 mil matrizes no plantel, e a expectativa é de uma diminuição para cerca de 15 mil”, diz.
Segundo Folador, a entidade vem tentando negociar com a Secretaria da Fazenda do Estado a isenção de ICMS para a venda de suínos. O segmento paga 6% de tributo, carga que se tornou pesada com a queda de preços e o aumento de custos. “Vamos elaborar um ofício para a Sefaz fazer um estudo técnico, avaliar esta possibilidade e encaminhar o resultado ao Confaz até a próxima reunião ordinária, que deve ocorrer no segundo semestre”, adianta.
Segundo a Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa, a produção do quilo do suíno vivo gera um desembolso de R$ 7,72 (média para fevereiro), mas o suinocultor recebe, em média, R$ 5,59 da indústria. “O suinocultor gaúcho está pagando para trabalhar”, reclama o vice-presidente da Acsurs, Mauro Antônio Gobbi.