O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Jr., participou de uma reunião em São Paulo nesta quinta-feira (9) com executivos da J&F Investimentos e da JBS para discutir potenciais investimentos adicionais no estado. O foco principal da discussão foi a viabilidade da implantação de uma fábrica de biodiesel e uma nova unidade de suínos em áreas do Paraná com menor Índice de Desenvolvimento Humano.
Esses projetos estão alinhados com duas metas estratégicas do estado, conforme destacado pelo governador: consolidar o Paraná como um grande fornecedor global de alimentos e promover iniciativas sustentáveis, incluindo as já existentes usinas de biocombustíveis em Maringá e na região metropolitana de Curitiba, como parte do compromisso com a sustentabilidade.
Atualmente, não há estimativas específicas para os investimentos previstos. Vale ressaltar que o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, anunciou recentemente investimentos planejados de R$ 3 bilhões no país. Se a operação de dupla listagem no Brasil e nos Estados Unidos for aprovada, os aportes da JBS no Brasil até 2026 poderão totalizar R$ 15 bilhões, sendo R$ 12 bilhões além dos já garantidos.
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Há duas semanas, o governador Ratinho Jr. expressou a necessidade de uma nova unidade de suínos durante um discurso em Rolândia, destacando a expertise do estado nesse setor e enfatizando a sustentabilidade, com as granjas de suínos podendo produzir biogás, gerando renda adicional para os produtores.
Ratinho Jr. também reforçou a posição do Paraná como uma central logística na América do Sul, destacando o segundo maior porto do país, Paranaguá, e os significativos investimentos previstos em rodovias e no projeto de expansão da Ferroeste de Maracaju (MS) até Paranaguá.
A JBS, como a maior indústria de alimentos do Brasil, já desempenha um papel substancial na economia paranaense, movimentando cerca de R$ 19 bilhões e empregando mais de 14 mil colaboradores no estado. Se os planos para as novas instalações forem concretizados, as cadeias produtivas associadas à empresa poderão ultrapassar a atual participação de 1,6% no PIB do Paraná, conforme indicado por um estudo recente da Fipe, da USP.