A Estação de Piscicultura da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), localizada em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá, está em plena atividade na produção de alevinos. No ano de 2023, a estação produziu 302 mil alevinos, os quais foram comercializados para recria e engorda em cativeiro por agricultores familiares.
A Estação recebeu investimentos, e a expectativa é aumentar ainda mais a produção este ano, visando atingir a marca de 1 milhão de alevinos. Mesmo diante da escassez de chuvas, as condições favoráveis para a produção são mantidas.
O técnico da Empaer e engenheiro agrônomo, Darwin Correa de Moraes Darwim, destacou que os investimentos incluíram a abertura de dois poços para a manutenção dos tanques, limpeza de represas, manutenção de incubadoras e adequação de equipamentos para aumentar a sobrevivência das larvas.
A previsão é iniciar a comercialização dos alevinos para os produtores cadastrados entre 40 e 70 dias. Durante a entrega dos alevinos, são fornecidas orientações aos piscicultores, abrangendo desde os cuidados na soltura dos alevinos nos tanques ou represas até o momento do abate.
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Antônio Claudino, especialista e referência em piscicultura, ressalta a importância de cuidados específicos no momento da soltura dos peixes na água, como a verificação da temperatura para a climatização dos alevinos, ajustando as mudanças com cuidado.
Após um período de 45 a 60 dias, os alevinos, medindo de três a cinco centímetros, são considerados prontos para a comercialização.
A Estação possui capacidade para produzir 1 milhão de alevinos, mas isso depende de vários fatores, incluindo o clima. Atualmente, são utilizados 27 tanques para as matrizes, larvas e alevinos.
Na próxima temporada, a variedade de espécies, como piau, piraputanga, curimbatá e pacu-peva, será ampliada para atender principalmente aos piscicultores da agricultura familiar, possibilitando um lucro mais expressivo com o cultivo de espécies de alto valor comercial na Baixada Cuiabana.
Antônio Claudino enfatiza a necessidade de produção de ração em pequena escala para atender à demanda da piscicultura familiar, utilizando até sobras de culturas não comercializadas.
Outra alternativa é aproveitar a água que sai do viveiro de engorda, juntamente com a matéria orgânica proveniente das fezes do peixe e restos de ração não consumida, para promover a irrigação fértil de pequenas áreas ou o cultivo de vegetais, como hortaliças, por meio da aquaponia.
O técnico ressalta a intenção de montar viveiros do tipo escavado ou suspenso neste ano para validar tecnologicamente essa prática na região, considerando sua diversidade climática.
Fonte: NotíciaMax.