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Economia

Mercado eleva para 1,68% a projeção de expansão da economia em 2024

Estimativa de inflação está em 3,81%, diz Banco Central

Mercado eleva para 1,68% a projeção de expansão da economia em 2024

A projeção do desempenho econômico brasileiro para o corrente ano registrou um aumento, passando de 1,6% para 1,68%, de acordo com os dados divulgados no boletim Focus nesta quinta-feira (22) pelo Banco Central (BC). O boletim, uma pesquisa semanal que apresenta projeções dos principais indicadores econômicos, revela as expectativas do mercado financeiro.

Para o ano de 2025, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de bens e serviços produzidos no país – é de 2%, mantendo-se constante para os anos subsequentes, 2026 e 2027.

Surpassando as projeções, a economia brasileira apresentou um crescimento de 0,1% no terceiro trimestre do ano passado em comparação com o segundo trimestre de 2023, conforme indicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período de janeiro a setembro, a alta acumulada atingiu 3,2%.

Com esses resultados, o PIB atingiu novamente o nível mais elevado da série histórica, ficando 7,2% acima do patamar anterior à pandemia, registrado nos últimos três meses de 2019. Os dados referentes ao quarto trimestre de 2023, consolidando o ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março.

A previsão cambial aponta para uma cotação do dólar de R$ 4,93 ao término deste ano, enquanto para o final de 2025, espera-se que a moeda americana alcance R$ 5.

Em relação à inflação, neste boletim Focus, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 reduziu ligeiramente de 3,82% para 3,81%. Já para 2025, a projeção subiu de 3,51% para 3,52%, permanecendo em 3,5% nos anos seguintes, 2026 e 2027.

A estimativa para 2024 encontra-se dentro do intervalo da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central (BC), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em janeiro, a inflação do país foi de 0,42%, influenciada pelo aumento dos alimentos, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), totalizando 4,51% nos últimos 12 meses.

Quanto à taxa de juros, o BC busca atingir a meta de inflação por meio da taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante do cenário econômico, o Copom cortou os juros pela quinta vez consecutiva, com expectativa de novos cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões, sendo a segunda reunião do ano programada para 19 e 20 de março.

O Copom destaca que esse ritmo de cortes é apropriado para manter uma política monetária contracionista, considerada necessária para o processo desinflacionário. A interrupção dos cortes dependerá do cenário econômico de longo prazo. Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas. Antes desse ciclo de alta, a Selic estava em 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica, devido à contração econômica gerada pela pandemia de COVID-19.

Para o mercado financeiro, a previsão é de que a Selic encerre 2024 em 9% ao ano, diminuindo para 8,5% ao ano no final de 2025, mantendo-se nesse patamar em 2026 e 2027. A redução da Selic visa estimular a atividade econômica, tornando o crédito mais acessível, mas também levanta considerações sobre o impacto nas taxas de juros ao consumidor, considerando fatores como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.