Entre as principais atividades das rodovias do Paraná está a conexão entre regiões, que conectam o estado a outros lugares do país, como por exemplo São Paulo e o Mato Grosso do Sul, facilitando o escoamento de produtos industrializados e agrícolas. Apesar da importância da região e sua infraestrutura, o estado enfrenta desafios como a necessidade de investimentos em manutenção e ampliação das estradas, além de questões relacionadas à segurança do trânsito e à sustentabilidade.
De acordo com dados do Portal de Transparência do Governo Federal, o Brasil já aportou mais de 24 bilhões de reais em infraestrutura de transportes neste ano. Em 2023, o país destinou 14,4 bilhões e, em 2022, 8 bilhões de reais. Em comparação aos anos anteriores, os dados paranaense de 2024 mostram um investimento 125% maior em relação ao período anterior. Em 2022, o valor foi de 202 milhões de reais, enquanto 2024 já conta com 455,4 milhões de reais.
Embora os números sejam expressivos, ainda há muito a se fazer. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (SETCEPAR), Silvio Kasnodzei, o estado possui uma localização estratégica na logística do TRC para as outras regiões do país e precisa receber mais atenção na infraestrutura para este modal. “O Paraná possui uma importância ímpar para a economia brasileira, com destaque para o agronegócio, para o qual as estradas são de vital importância. Dessa forma, todo investimento feito nas estradas contribui para a melhoria dos serviços, para a redução dos custos e segurança de todos que transitam por elas.”
Contudo, o dirigente entende que, em relação aos estados vizinhos, as estradas paranaenses não possuem o mesmo cuidado. Kasnodzei explica que os valores investidos são muito menores em relação ao que é destinado à Santa Catarina. Para efeito de comparação, o estado catarinense recebeu um aporte, em 2022, de R$264 milhões e, em 2024, R$1,1 bilhão. “Estamos há décadas sem grandes valores para a construção ou ampliação das estradas, mas nestas mesmas décadas se instalaram novas indústrias, outras duplicaram e até triplicaram sua produção, mas o investimento por onde toda essa produção é transportada, muito pouco ou nada foi feito”, conta.
Para o presidente da entidade, o caminho é continuar trabalhando para que o TRC e o Paraná melhorem os pontos críticos que a região enfrenta. “Não podemos deixar de acreditar no Paraná. Nós sabemos que o tempo perdido não será recuperado rapidamente. O TRC é um setor otimista que continua investindo, apostando e apoiando para que a cada dia tenhamos um estado melhor, com mais investimentos, menos burocracia e decisões mais rápidas e assertivas”, finaliza.