A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira (15/10) seu primeiro levantamento oficial referente à safra 2024/25, que está em processo de plantio nos campos brasileiros. A estimativa aponta um novo recorde de produção, com previsão de 322,5 milhões de toneladas, um aumento de 8% em relação à safra anterior. Esse avanço deve-se a uma expansão de 1,9% na área plantada e a uma expectativa de melhora de 6% na produtividade, superando as quebras climáticas enfrentadas no ciclo passado, como o caso crítico no Rio Grande do Sul.
No entanto, a Conab alerta que essa projeção de produtividade ainda está sujeita a mudanças, já que tanto a segunda quanto a terceira safras estão distantes e a primeira safra, em especial a soja, ainda depende da chegada das chuvas para acelerar o ritmo de plantio.
Mercado Internacional: Soja, milho e trigo em movimento
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No mercado internacional, a soja, apesar da alta dos derivados, ainda opera abaixo de US$ 10 o bushel. Nesta quarta-feira (16), os contratos futuros para novembro subiram 0,73%, sendo cotados a US$ 9,9825 o bushel na Bolsa de Chicago. As cotações seguem pressionadas devido às previsões de chuvas no Centro-Oeste brasileiro e ao avanço da colheita nos Estados Unidos.
O milho também apresentou uma leve valorização de 0,69%, sendo negociado a US$ 4,0425 o bushel para dezembro, após quedas recentes influenciadas pelo movimento negativo do trigo e da soja. A melhora nas previsões climáticas para a América do Sul também contribuiu para esse movimento.
Já o trigo, com vencimento para dezembro, teve uma alta de 0,30%, cotado a US$ 5,8125 o bushel. A previsão do USDA de uma oferta global elevada, com estoques finais de 257,72 milhões de toneladas métricas, mantém o mercado atento. Ainda assim, preocupações com as exportações do Mar Negro e a seca na Rússia, que pode afetar a produção de trigo de inverno, ajudam a sustentar os preços próximos ao pico recente de três meses e meio, em torno de US$ 6,2.
Esses fatores demonstram a complexidade do cenário agrícola global, onde condições climáticas e políticas comerciais desempenham papéis cruciais na formação de preços e na dinâmica de mercado.
Fonte: CONAB
