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Meios de informação

Em quais meios de informação os brasileiros mais confiam?

Em quais meios de informação os brasileiros mais confiam?

Pesquisa indicou que população ainda encara veículos tradicionais como os de maior credibilidade para o consumo de informações.

Com uma avalanche de meios e, sobretudo com a ascensão da Internet, a população tem acesso a um vasto cardápio de meios para o consumo de conteúdo e informações.

A terceira edição da pesquisa “Como o Brasileiro se Informa?”, da Fundamento Análises, com apoio da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e do Instituto Palavra Aberta, publicada pelo Valor na manhã desta quarta-feira, 7, buscou desvendar quais são os meios mais confiáveis para os brasileiros.

O estudo concluiu que veículos mais tradicionais são os de maior credibilidade entre o público. O destaque vai para jornais, revistas, rádios e televisão – os principais meios de informação para 29%. Já os portais de notícias ficam com 24% das respostas.

A pesquisa ouviu 1.321 brasileiros com mais de 18 anos, entre pessoas do sexo feminino e masculino, majoritariamente do Sudeste (64%).

Houve um crescimento de credibilidade para os portais de notícias. Em 2018, eram o principal canal para 14% dos brasileiros, contra 21% neste ano. No geral, a amostra citou quase 130 veículos de mídia diversos, entre eles os regionais e de temáticas nichadas.

Os podcasts são estão entre os destaques entre os meios os quais a audiência confia “às vezes”, com 59% das respostas.

Queda de confiança

Players da Internet têm crescido em desconfiança, conforme aponta o Valor. De acordo com a pesquisa, 59% não confiam em redes sociais e 56% em lideranças religiosas. Na sequência, aparecem personalidades e celebridades (50%), políticos e porta-vozes de partidos (46%) e empresários e porta-vozes de companhias (40%).

A queda da credibilidade dos veículos também caiu entre 2016 e 2014. Atualmente, os portais de notícias têm a confiança de 50% da população, ante 86%. Jornais passaram de 70% para 47%; a TV para 41%, antes com 69%; e a rádio caiu de 66% para 42%.

Impacto tecnológico

As redes sociais são as que registraram a menor credibilidade: 14% contra 30% em edições anteriores. Grupos de WhastApp, ainda, não são bem vistos pelos entrevistados. Apenas 1% dos respondentes afirmaram que o canal é o principal meio usado para acompanhar notícias.

O grupo também se mostrou atento com notícias falsas, sobretudo geradas a partir de inteligência artificial (IA).

No que diz respeito às campanhas eleitorais, a maioria (86%) declarou preocupação com a manipulação de conteúdos falsos de candidatos em situações polêmicas, enquanto 88% estão em alerta com áudios adulterados. Aparecem também questões como textos falsos semelhantes a de veículos jornalísticos (90%) e a criação de sites e posts falsificados (88%).

A checagem da veracidade de notícias é feita de diversas maneiras. Segundo o veículo, 42% conferem se a notícia está publicada em outra fonte confiável; 27%, de fato, acessam sites de checagem e 21% buscam o assunto no Google ou outras ferramentas. Só 1% conferem o tema nas redes sociais.

Fonte: Meio & Mensagem