Um estudo realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) e pesquisadores, revelou que a restauração ecológica pode contribuir com R$ 4,2 bilhões anuais à produção agrícola do estado, beneficiando diversas culturas. A iniciativa, que envolve o plantio de espécies nativas ao redor de áreas cultivadas, destaca-se pela importância da polinização das abelhas.
Os dados indicam que culturas como soja, laranja e café poderiam agregar, respectivamente, R$ 1,4 bilhão, R$ 1 bilhão e R$ 660 milhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do estado anualmente. Outras lavouras, como goiaba, abacate, manga, tomate, amendoim e feijão, também seriam favorecidas, somando R$ 4,2 bilhões no total. Além do aumento na produtividade, o estudo apontou melhorias na qualidade e no tamanho dos produtos, atribuídas ao aumento da frequência de polinizadores nas proximidades das plantações.
A pesquisa é parte do projeto Biota Síntese, que integra ciência e políticas públicas, com colaborações entre instituições como a Universidade de São Paulo (USP) e a Semil. Durante os últimos dois anos, os resultados foram apresentados ao Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), destacando a implementação da metodologia em cada município.
Além disso, a Secretaria de Agricultura também discutiu os avanços nos programas de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), como os projetos Juçara, Guardiões das Florestas, Mar sem Lixo e Conexão Mata Atlântica. Esses programas têm incentivado o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental, demonstrando que os PSAs podem gerar ganhos financeiros e ambientais. O projeto, que contou com um investimento de R$ 4,3 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), reforça o compromisso do Governo de São Paulo em ser referência nacional em sustentabilidade.