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Economia

Brasil fecha agosto com superávit de US$ 4,16 bilhões na balança comercial

A corrente de comércio aumentou 17,6% em agosto e alcançou US$ 57,51 bilhões, refletindo a soma das exportações, que cresceram 8,4% e chegaram a US$ 30,84 bilhões

Brasil fecha agosto com superávit de US$ 4,16 bilhões na balança comercial

A balança comercial brasileira fechou o mês de agosto com superávit de US$ 4,16 bilhões, o que elevou o saldo positivo acumulado no ano para US$ 44,05 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (01/09) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. O resultado do mês representa uma queda de 48% em relação a agosto de 2021 e de 15,8% sobre o período de janeiro a agosto do ano passado, pela média diária.

Já a corrente de comércio aumentou 17,6% em agosto e alcançou US$ 57,51 bilhões, refletindo a soma das exportações, que cresceram 8,4% e chegaram a US$ 30,84 bilhões, e das importações, que subiram 30,5% e totalizaram US$ 26,68 bilhões no mês.

Segundo a Secex, esse foi o maior valor das exportações para o mês de agosto. Também foram os maiores valores de importação e de corrente de comércio para todos os meses, desde o início da série histórica, em 1997.

No acumulado dos oito meses, a corrente de comércio cresceu 23,9%, atingindo US$ 406,13 bilhões. As exportações no período cresceram 18,4% e somaram US$ 225,09 bilhões, enquanto as importações aumentaram 31,5% e totalizaram US$ 181,04 bilhões. Esses valores de corrente, exportações e importações também foram os maiores da série histórica para o período de janeiro a agosto, de acordo com a Secex.

Em entrevista coletiva, a Secretaria explicou que o crescimento das exportações em agosto foi puxado pelo aumento dos volumes embarcados, principalmente da Indústria de Transformação (+15,7%), mas também da Agropecuária (+10,7%). Além disso, esses dois setores apresentaram alta nos preços dos produtos vendidos, o que elevou os valores exportados.

Já a Indústria Extrativa teve reduções de valor (-30,2%), com uma queda de volume (-6,6%) e de preços (-22%). A redução dos volumes vendidos ocorreu, principalmente, nas vendas de petróleo bruto e de minério de ferro. No caso do minério, também houve queda nos preços, que atingiram um pico no ano passado e agora estão desacelerando.

Do lado da Agropecuária, a Secex assinalou queda nos embarques de soja, principalmente devido à redução da safra brasileira, mas o valor exportado aumentou devido à alta dos preços do produto. Já as vendas de milho cresceram tanto nos valores quanto no volume embarcado.

A redução das vendas de minério de ferro teve reflexos na balança comercial com a China, que comprou US$ 1,4 bilhão a menos do Brasil em agosto. No entanto, as vendas para todos os outros principais destinos aumentaram no mês.

Nas importações, houve aumento das compras para Agropecuária e para a Indústria de Transformação, com redução na indústria Extrativa. As compras de adubos e fertilizantes voltaram a se destacar, com aumento de 51,8% dos valores em agosto, mas com queda de 22,9% nos volumes.

Por categoria de produtos, o maior crescimento no mês foi no volume de compras de Bens de Capital (+31,2%), seguida por Bens de Consumo (+19,6%) e Bens Intermediários (+17%). Houve recuo nas compras de Combustíveis (-12%), mas com crescimento de 80% nos preços, elevando em 52,1% a despesa com a importação desse produto.

Nas origens de importações, a Secex destacou o crescimento das compras de produtos chineses (+54,2%) e canadenses (+77,5%).

O aumento no volume e no valor das exportações neste ano vem sendo puxado pela Indústria de Transformação. A Agropecuária aumentou os valores vendidos, em função do aumento dos preços, mas reduziu os volumes embarcados, principalmente de soja e café.

Na Indústria Extrativa, o minério de ferro puxou para baixo tanto os volumes quanto os preços e os valores vendidos ao exterior. O petróleo teve redução de volume, mas o aumento dos preços influenciou no crescimento da receita, nos primeiros oito meses do ano.

Em relação ao destino, aumentaram os volumes e valores exportados para os principais parceiros, à exceção da China, mas com alta nos preços para todos.

Nas importações até agosto, também houve queda no volume das compras da Agropecuária e cresceram as das Indústrias de Transformação e Extrativa. A participação da Indústria Extrativa na pauta de importações aumentou, principalmente pela compra de combustíveis e lubrificantes. Mas a principal categoria importada ainda são os Bens Intermediários.

A Secex observou crescimento do valor e dos preços de produtos importados de todas as principais origens. O aumento do volume de importados da China impactou nas despesas com a compra desses itens (+34,3%), mas destacaram-se também os valores importados dos Estados Unidos (+47,3%) e da Argentina (+18,1%). (Ministério da Economia)

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