Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Commodities

Milho e trigo em alta na bolsa de Chicago

Soja encerrou o dia em queda

DCIM100MEDIADJI_0100.JPG
DCIM100MEDIADJI_0100.JPG

O trigo encerrou a sessão desta terça-feira em alta na bolsa de Chicago. Os contratos do cereal para dezembro, os mais líquidos, subiram 1,57% (13,50 centavos de dólar), a US$ 8,7150 por bushel, e os lotes de segunda posição, para março do ano que vem, avançaram 1,49% (13 centavos de dólar), a US$ 8,8425 por bushel.

Sem novidades nos fundamentos de oferta, o mercado continua a monitorar os impactos da guerra na Ucrânia sobre os embarques de grãos pelo Mar Negro. O país voltou a escoar sua produção por essa via a após assinar um acordo com a Rússia, em julho, e o corredor segue aberto, mesmo com o aumento das tensões entre os dois países nas últimas semanas.

Hoje, mais nove embarcações zarparam do porto ucraniano de Odessa, transportando 345 mil toneladas de grãos, segundo o Ministério da Infraestrutura do país. Desde a assinatura do acordo com a Rússia, 5,29 milhões de toneladas de grãos deixaram a Ucrânia em 231 navios, informou a Pasta.

Milho

No mercado do milho, os contratos para dezembro, os mais líquidos em Chicago, subiram 0,19% (1,25 centavos de dólar), a US$ 6,6750 por bushel. Os papéis de segunda posição, para março do ano que vem, por sua vez, fecharam em alta de 0,30% (2 centavos de dólar), a US$ 6,7275 por bushel.

Segundo Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios, a queda de rendimento das lavouras americanas sustentou as cotações no pregão de hoje.

“A colheita já começou na maioria das áreas do Cinturão de Milho, e a produtividade nas áreas ao sul e a sudoeste estão está abaixo do esperado neste momento”, diz Pereira.

De acordo com informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), até o último domingo, a colheita de milho chegou a 12% da área no país, um desempenho inferior aos 17% do mesmo período do ano passado e também à média dos últimos cinco anos, de 14%.

O diretor da Pátria acredita que o USDA ainda poderá reduzir suas projeções para a safra de milho nos EUA. Neste mês, o órgão projetou colheita de 354,19 milhões de toneladas em 2022/23, o que representou um corte de mais de 10 milhões de toneladas em relação à estimativa de agosto (364,73 milhões de toneladas).

Soja

A soja encerrou o dia em queda. Os contratos para novembro, os de maior liquidez, recuaram 0,23 % (3,25 centavos de dólar), a US$ 14,08 por bushel, e os lotes de segunda posição, para janeiro do ano que vem, caíram 0,16% (2,25 centavos de dólar), a US$ 14,14 por bushel.

De acordo com Matheus Pereira, no momento, o mercado ainda concentra suas atenções sobre a oferta americana e a demanda chinesa. Com isso, o início do plantio da safra brasileira continua em segundo plano.

“A semeadura no Brasil ainda é muito incipiente. Mas, a partir da segunda quinzena de outubro, quando a área implantada chegar a 20%, as atenções do mercado devem se voltar à safra brasileira, que até agora caminha bem”, disse ele.

Segundo levantamento da Pátria, o plantio da safra no Brasil 2022/23 chegou a 2% da área até a última sexta-feira. No mesmo período de 2021, os trabalhos haviam ocorrido em 1,51% da área total.

Nos EUA, a colheita do grão segue atrasada. Segundo o USDA, os trabalhos no campo alcançaram 8% da área até o último domingo, desempenho que ficou abaixo tanto do ritmo do mesmo período do ano passado (15%) quanto da média dos últimos cinco anos (13%).