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Sanidade

Estado de São Paulo atinge requisitos para suspender a vacinação contra aftosa

Presidente da Federação, Fábio de Salles Meirelles, destaca atuação da entidade para mostrar ao MAPA a evolução da pecuária paulista no combate à doença; aplicação de vacinas continua em 2023

Estado de São Paulo atinge requisitos para suspender a vacinação contra aftosa

O Estado de São Paulo poderá ficar livre da obrigatoriedade da vacinação contra a febre aftosa, conforme nota publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) nesta quarta-feira (23). O Estado obteve avanços no PNEFA (Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa) que são necessários para a retirada da vacinação.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) fez esforços conjuntos e apoiou as ações da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (SAA-SP) junto ao MAPA. “A Federação atuou intensamente, fez reuniões de trabalho, propostas e gestões para que finalmente os aprimoramentos do Estado fossem reconhecidos. É uma grande conquista para a pecuária paulista”, afirma o presidente da FAESP, Fábio de Salles Meirelles.

“Com base nesse resultado e no avanço das ações estaduais contidas no Plano Estratégico do PNEFA, o estado reúne os requisitos mínimos para avanço no status junto aos demais estados componentes do Bloco 4”, diz o comunicado do MAPA.

A análise das condições do Estado ocorreu nos dias 10 e 11 de outubro, junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) paulista. São Paulo conseguiu avançar a nota em sete itens do Programa de Avaliação e Aperfeiçoamento da Qualidade dos Serviços Veterinários Oficiais (Quali SV) avaliados no PNEFA. “A pecuária de São Paulo tem evoluído e o serviço veterinário oficial tem de acompanhar esse processo. A CDA mostrou, com o nosso apoio, o quanto está tomando precauções para combater a doença”, ressalta Fábio de Salles Meirelles.

O presidente da FAESP citou ainda algumas ações da entidade que contribuíram para a concretização do resultado obtido, destacando: a promoção das campanhas de vacinação; a realização de Fóruns de Sanidade Estadual; ciclo de palestras sobre a doença; assinatura de protocolo com a SAA-SP para capacitação de instrutores do SENAR-SP sobre doenças de notificação obrigatória; participação e gestão das equipes gestoras do PNEFA; além dos esforços para o reerguimento do Fundo Privado Estadual, o FUNDEPEC — Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado de São Paulo, em ação que contou com apoio da Sociedade Rural Brasileira (SRB).

Para evoluir no status de “livre de febre aftosa com vacinação” para “livre de febre aftosa sem vacinação”, o MAPA elaborou o Plano Estratégico do PNEFA, que dividiu o país em blocos compostos por Estados com características semelhantes de trânsito e comércio de animais. A retirada da vacinação está prevista para ocorrer em blocos.

São Paulo faz parte do bloco 4, junto com Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins. O bloco se encontra em processo de substituição da vacinação por outras medidas de vigilância contra a doença.

Conforme programado previamente, o Estado seguirá vacinando os animais em 2023 e aguarda a próxima janela de avaliação do Departamento de Saúde Animal, da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA. O Brasil não registra nenhum caso de febre aftosa desde 2006 e o Estado de São Paulo desde 1996.