De acordo com levantamento dos sindicatos das Indústrias Avícolas do Paraguai, a corrupção, o ano político e a falta de patriotismo das s autoridades, entre militares, funcionários aduaneiros, controladores sanitários e comerciais, entre
outros, estão afetando fortemente a avicultura nacional, ao permitir a entrada ilegal em massa de carne de frango do Brasil. O agravante agora é que também vem da Argentina, segundo os sindicatos da indústria avícola.
A estimativa é que, com o aumento da venda de frangos contrabandeados, o volume seja superior a 30% em relação à produção nacional, afirmaram. Eles ofereceram fotos que comprovam a venda desavergonhada e aberta de caixas decarne de frango, linguiça de frango e ovos, entre outros subprodutos, principalmente em cidades de fronteira.
O presidente da Associação dos Avicultores do Paraguai (Avipar), Pablo Mauger, disse que “o contrabando de frango está pior do que nunca, parece que devido às campanhas políticas e à necessidade de somar votos, esse mal está ganhando rédea solta no Alfândega, com a qual a produção nacional é severamente punida. Isso se soma ao que está sofrendo com a alta de preços de insumos e matérias-primas como soja e milho, que são usados na alimentação ”, afirmou.
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Por outro lado, o presidente da Associação Paraguaia de Produtores e Exportadores de Frango (APPEP), Ceferino Méndez, afirmou que o contrabando de frango goza de muito boa saúde no Paraguai. “A expansão do contrabando de frango está sendo tão grande que já é vendido descaradamente em nossa capital, antes cobria apenas as áreas de fronteira, agora entra também por Clorinda e Alberdi”, disse.
Por sua vez, Pilar Zubizarreta, diretora da indústria de Pollpar, disse que mais do que nunca é necessário o apoio das autoridades, porque o contrabando passa a ser impulsionado pelo diferencial de câmbio da moeda, tanto com o Brasil como com a Argentina.
Os dados indicam que no Paraguai são abatidos cerca de 300.000 frangos por dia e a receita do contrabando é estimada em cerca de 30% desse valor.
Por outro lado, Gustavo Van Humbeck, da avicultura de La Blanca, destacou que o setor emprega um total de mais de 25.000 pessoas, pelo que pede às autoridades que acabem com este flagelo, para o bem da indústria nacional e a economia.
