Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Custos

Entidades avícolas do Sul estão preocupadas com supervalorização dos grãos

Em face das condições do mercado global de grãos, os dirigentes não acreditam que os preços possam recuar. 

Entidades avícolas do Sul estão preocupadas com supervalorização dos grãos

A alta sem precedente no preço dos grãos cria uma séria ameaça à expansão e mesmo manutenção da avicultura industrial no Sul do Brasil. Para discutir esse assunto estiveram reunidos, na última semana, os dirigentes da ASGAV (Associação Gaúcha de Avicultura), SINDIAVIPAR (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná), ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), SINDICARNE (Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina), AINCADESC (Associação das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado de Santa Catarina) e ACAV (Associação Catarinense de Avicultura).

Participaram das discussões on-line José Antônio Ribas Júnior (SINDICARNE), Arene Trevisan (ABPA), Jorge Luiz de Lima (AINCADESC), Vamiré Sens Júnior (ACAV), Inácio Kroetz (SINDIAVIPAR) e José Eduardo dos Santos (ASGAVI).

Além da brutal elevação dos preços dos insumos (milho e farelo de soja), também esteve na pauta o encarecimento dos materiais de construção para expansão da atividade, ou seja, a construção de novos e modernos criatórios de aves dentro das mais avançadas técnicas de criação, manejo e sanidade, silos e armazéns. A obtenção de linhas de crédito para viabilizar esses investimentos é outro problema que preocupa o setor.

Em face das condições do mercado global de grãos, os dirigentes não acreditam que os preços possam recuar. Isso representará aumento dos custos de produção na indústria avícola e, por consequência, elevação do preço final das carnes de aves para o consumidor.

Nesse momento, a prioridade é desburocratizar e desonerar a importação de milho para que o mercado interno não fique desabastecido desse insumo e evite a redução da produção de aves e suínos. Isso significa, também, retirar temporariamente os tributos incidentes sobre a importação (Pis e Cofins). Simultaneamente, é necessário criar novos incentivos para o produtor de milho, com linha de crédito atrativa ao pequeno produtor, redução dos encargos do programa de crédito rural e outros benefícios.

Por outro lado, investimentos em novos armazéns e credenciamento de mais armazéns junto à Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) são medidas que permitirão, com mais facilidade, a disponibilização de grãos aos pequenos produtores.

As entidades já levaram a preocupação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e se reuniram com a ministra Tereza Cristina. Governo e indústria avícola implementarão medidas para equacionar as distorções que afetam, nesse estágio, o mercado do milho no Brasil.

Na área de financiamentos para investimentos, as entidades propõem que o Ministério da Agricultura gestione por novas linhas de crédito para construção de aviários, silos, armazéns e outras estruturas de produção.