Nos últimos doze meses, a nutrição apresentou um aumento de 38,86% dentro dos custos de produção avícola, segundo dados do ICPFrango, levantamento da Embrapa Suínos e Aves, de janeiro. Com a valorização no preço dos grãos, devido à alta do dólar, o uso de enzimas na dieta animal pode trazer um alívio para o bolso do produtor. Entretanto, saber escolher estas substâncias é fundamental para que os resultados sejam alcançados.
O zootecnista Christian Simões, gerente de vendas para avicultura da Alltech, explica que as enzimas têm a função de acelerar algumas reações químicas específicas dentro do organismo das aves. “Essas enzimas têm por objetivo quebrar moléculas maiores em menores, para facilitar a absorção de nutrientes pelo intestino do animal”, explica. Sendo assim, elas são conhecidas por serem uma solução eficaz para otimizar a eficiência alimentar.
Segundo Simões, existem três principais classificações de enzimas. As primeiras são as carboidrases, que melhoram a digestibilidade dos carboidratos na alimentação e proporcionam energia. Em seguida, existem as proteases, que aumentam a disponibilidade de proteínas e aminoácidos, também proporcionando energia. E por último, as fitases, que facilitam a absorção dos fitatos, moléculas ligadas ao fósforo.
Dentre as diversas classificações e soluções disponíveis no mercado, é importante a atenção do produtor na hora de escolher qual enzima incluir na dieta da sua criação. “É importante a participação de um profissional especializado na área de nutrição, para que possa entender os indicadores, a formulação desses ingredientes, a composição, etc”, ressalta. Confira algumas outras dicas do zootecnista para o momento da escolha:
- Conhecer a origem: saber quem produz a enzima é um fator bastante relevante para a segurança do produtor.
- Saber como é produzida: A forma a qual as enzimas são produzidas , pode influenciar na sinergia entre elas dentro do trato gastro intestinal. Elas podem ser produzidas individualmente (processo líquido) ou em grupo, com várias enzimas em um mesmo substrato (processo sólido). Este último processo traz mais estabilidade e sinergia entre elas.
- Cuidado ao comparar: a metodologia econômica que o produtor for adotar precisa ser a mesma utilizada para todo o comparativo. No momento da formulação, em que for avaliar a parte econômica, realizar o cálculo de acordo com as matrizes nutricionais.
- Buscar a variedade: ao utilizar apenas uma enzima, o produtor ou a empresa estão deixando de ganhar em digestibilidade, melhor desempenho, economia e qualidade intestinal do animal. O indicado é usar soluções que possuam as três classificações indicadas anteriormente.
- Entender os indicadores: compreender a matéria-prima e por consequência os substratos componentes da ração. Com isso, é possível identificar qual a necessidade e como as enzimas podem atuar nesta composição.
- Resistência à temperatura: A termo-estabilidade é uma regra para enzimas, a Alltech trabalha com todas as espécies animais e a melhor forma de demostrar a eficiência de uma enzima frente a um processo térmico é mostrando as diferenças de desempenho das criações e digestibilidade das rações.
Reforçando essa importância, há um trabalho do Prof. Dr. Wilson Massamito Furuya, da Universidade Estadual de Ponta Grossa de 2018, na área de aquicultura, que apontou melhora significativa na digestibilidade de proteína bruta, fósforo, e aminoácidos como valina, treonina e triptofano, por exemplo, aminoácidos essenciais para peixes, com o uso das enzimas.
Vale destacar que as rações de peixes passam por um processo de extrusão, atingindo temperaturas entre 95 a 110ºC. Para avicultura, o que temos frequentemente é o uso de peletizadoras que chegam até 85ºC . Portanto, o trabalho do Dr. Furuya mostra claramente a termo-estabilidade das enzimas da Alltech.
Solução para formulação
Para auxiliar o setor nos desafios da composição das dietas animais, que permitam o melhor desempenho, otimização de custos e respeito ao meio ambiente, a Alltech possui em seu portfólio as soluções Allzyme, complexos enzimáticos que aumentam a disponibilidade de nutrientes e energia. Além disso, permitem flexibilidade na formulação de alimentos.